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A Educação Precisa de Respostas  | 17/06/2013 06h03min

Cartilha: como os pais podem ajudar na educação dos filhos

ZH reedita cartilha orientando como pais e mães devem agir em diferentes momentos da vida das crianças

A qualidade da escola brasileira começa dentro de casa. Quando os pais estimulam o aprendizado e participam da vida escolar, as crianças se alfabetizam com facilidade, obtêm notas melhores, permanecem por mais tempo no sistema de ensino e alcançam renda superior na idade adulta.

Baseada em materiais do projeto Educar para Crescer (educarparacrescer.com.br), que tem entre suas bandeiras a aproximação dos pais do processo de educação, Zero Hora republica orientações sobre como pais e mães devem agir em diferentes momentos da educação das crianças.

Escolinha

Os estudos mostram que o acesso à Educação Infantil tem importantes consequências para a vida adulta, como mais renda, menos gravidez precoce e menor envolvimento em crimes.

Facilite a adaptação da criança

— Mostre entusiasmo e segurança ao deixar seu filho na escola. Ressalte que ele irá encontrar outras crianças com as quais poderá brincar.

— Explique, com tranquilidade, que ele irá passar o dia na escola e diga quem irá buscá-lo no fim do período.

— Controle a ansiedade. É natural sentir angústia. Não diga que sentirá saudades, nem chore na porta da escola. Esforce-se para transmitir segurança a seu filho. Não saia escondido ou sem se despedir, nem minta

dizendo que você volta logo.

Estimule o aprendizado

— Entenda como a escola estimula seu filho e o que esperar em cada fase de seu desenvolvimento. Acompanhe cada etapa de perto.

— Reconheça e valorize cada conquista de autonomia de seu filho. Nunca o reprima ou castigue em caso de falha ou regressão.

— Decida com a escola o melhor momento para a retirada das fraldas, para a troca da mamadeira por copo e o uso de talheres. Se perceber que seu filho está preparado, avise a coordenação. Caso contrário, peça mais tempo.

— Respeite o ritmo de seu filho. Não o compare com irmãos ou amigos.

Seja parceiro da escola

— Esteja presente e participe das reuniões de pais.

— Vá às atividades extraclasse, como palestras.

— Valorize e respeite a escola, os professores e os funcionários.

Eduque dentro de casa

— Crie uma rotina também em casa. Mantenha um horário regular para seu filho se alimentar, tomar banho e ir para a cama.

— Preserve as conquistas de autonomia. Não coloque fraldas ou ofereça mamadeira e chupeta se ele já não usa mais esses recursos na escola.

— Fale normalmente com seu filho, sem diminutivos ou infantilizações.

— Leia histórias, capriche na interpretação.

Acompanhe o dia a dia

— Leia a agenda de seu filho diariamente.

— Converse sobre o dia dele, sem enchê-lo de perguntas. Deixe que ele conte o que quiser e siga com a conversa a partir das situações reveladas.

— Conte as suas experiências escolares e vivências diárias de maneira que elas façam sentido para o universo dele.

Seja um pai alfabetizador

Ensinar a ler e escrever não é só tarefa da escola. A facilidade ou dificuldade que uma criança tem para se alfabetizar está intimamente relacionada ao exemplo dos pais e ao ambiente familiar.

Crie um ambiente alfabetizador

— Sua casa também ensina a ler e escrever. Isso acontece quando você a transforma em um ambiente alfabetizador, onde o material escrito tem espaço e função. Isso familiariza a criança com as letras e a estimula a valorizá- las.

— Espalhe livros, revistas e jornais pela casa. Compre almanaques que tenham caça-palavras e palavras cruzadas.

— Coloque um quadro de recados em casa e anote mensagens nele.

— Mantenha lápis e papel pela casa e também um computador.

— Peça ajuda à criança para fazer a lista do supermercado e para escrever a amigos e parentes.

—Monte uma biblioteca em casa.

Dê o exemplo

— A premissa básica de uma família alfabetizadora é dar o exemplo. Não faz sentido um pai esperar que seu filho tenha interesse pela leitura se ele mesmo não tiver.

— Sempre que ler algo interessante em um livro ou uma revista, compartilhe com seu filho e convide-o a ler junto.

— Comente com seu filho sobre o livro que você está lendo.

Crie atividades alfabetizadoras

— Quando escrever cartas, e-mails e bilhetes, peça para ele ajudar.

— Procure mostrar ao seu filho exemplos de como a leitura e a escrita são importantes para a vida.

— Estimule seu filho a ler tudo o que for escrito: rótulos, embalagens, cartazes, outdoors, letreiros etc.

— Fiquem sócios de bibliotecas próximas de sua casa.

Ofereça livros e histórias

— Dê livros ou revistas simples para que ele comece a ver e a ler sozinho (no começo, prefira os de letra de forma).

— Deixe os livros à mão para ele folhear e inventar histórias quando quiser.

— Leia para ele desde bebê, com entonação e emoção. Leia mais de uma vez o mesmo livro. Isso é importante para a criança começar a recontar aquela história depois, no papel de leitora, passando as páginas do

livro corretamente.

— Faça da leitura um momento de prazer — com suco e pipoca.

Estimule a escrita

— Faça os convites de aniversário com ele desde o primeiro ano, mostrando onde colocar o nome dele, o nome do convidado, o local, a hora, a data.

— Escreva cartões de presentes ou de agradecimento com o filho.

O desafio do 6º ano

O ministro Aloizio Mercadante afirmou no ano passado que uma das suas maiores preocupações é o 6º ano do

Ensino Fundamental. Trata-se de um momento dramático na vida dos estudantes brasileiros. É quando eles passam a ter um professor por disciplina e a estudar uma série de matérias novas. Tudo muda de uma hora para outra, e o resultado é o aumento das taxas de reprovação. Nessa fase, com a conquista de autonomia por parte do adolescente, os pais em geral já se afastaram da rotina escolar. Isso é um erro. Esse é um dos momentos em que eles precisam estar mais presentes e atuantes, para garantir que seus filhos não fiquem para trás.

Autonomia não significa abandono

— Lembre-se de que acompanhar a vida escolar do filho, mesmo quando ele já é bastante autônomo, não significa pagar mico.

— Pergunte, com real interesse e disposição para ouvir, como foram as aulas, o que foi ensinado e o que ele achou de mais interessante.

— Olhe os cadernos e os livros. Verifique se há anotações e se os exercícios propostos estão completos

e corrigidos.

Seja presente na escola

— Participe das reuniões e solicite oportunidades para conversar com os coordenadores.

— Tente conhecer todos os professores.

— Esteja presente em festas e apresentações.

— Confie na escola ou troque seu filho de colégio.

— Caso seu filho esteja com dificuldades, pergunte ao professor como você pode ajudar.

Dê apoio nos novos desafios

— O 6º ano representa um momento de desafios e novidades: um professor por disciplina, novas matérias,

conteúdos mais complexos e aprofundados. organização do estudo mais independente, com menor supervisão do professor. Além disso, coincide com a entrada na adolescência.

— Se seu filho está mudando de escola, visite com ele o novo local no começo das aulas. Promova uma

adaptação gradual à nova rotina. Se ele tiver de ir sozinho à escola, vá junto nos primeiros dias.

— Ensine seu filho a separar o material para as aulas e a deixar a mochila pronta com antecedência.

— Converse sobre o que ele achou dos novos professores e mostre que é possível lidar com os diferentes

perfis, do mesmo jeito como ele lida com amigos distintos.

— Ajude-o, especialmente no começo, na organização do tempo dedicado às tarefas e trabalhos.

— Mudanças bruscas no humor e no comportamento são comuns ao entrar na adolescência. Nesta fase, é essencial criar um ambiente de respeito mútuo e espaço para o diálogo.

A lição de casa também é assunto seu

Por mais difícil que seja encarar a tarefa depois de um dia de trabalho, todo pai tem a obrigação de dedicar tempo e oferecer apoio à lição de casa do filho. Essa atenção pode ser decisiva para um bom rendimento escolar. Pesquisas mostram que as crianças que fazem o tema aprendem mais, têm notas melhores e se

tornam mais seguras.

Antes do tema

Entenda seu filho

Uma grande ajuda na hora da lição de casa é saber o que motiva e o que desanima seu filho. Ele gosta

que você fique por perto ou prefere privacidade?

Defina regras

Converse com seu filho e estabeleçam como será a rotina para a lição, onde será feita e em qual horário.

Organize o lugar

Escolham juntos o local onde a lição será feita. Garanta que o espaço esteja arrumado e limpo.

Acabe com a distração

Desligue a televisão e o rádio e tente eliminar ou diminuir outros sons que atrapalhem a concentração.

Fique de olho na disposição

Na hora da lição, seu filho precisa estar bem disposto. Não pode estar cansado, com fome, irritado, distraído.

Durante o tema

Respeite o momento

Todos em casa devem saber que a lição está sendo feita e contribuir, evitando interrupções e barulhos desnecessários.

Auxilie em caso de dúvidas

Se seu filho tiver uma dúvida, ajude-o. Mas não responda por ele. Sugira que ele procure exemplos parecidos.

Ocupe-se com coisas parecidas

Enquanto ele faz contas, que tal dar uma olhada no orçamento? Se ele vai produzir um texto, aproveite para fazer alguma anotação.

Incentive-o a rever a lição

Olhar a lição de novo depois de terminada é uma boa prática. Se ele pedir para você rever com ele, valorize

o esforço e não aponte diretamente os erros. Caso encontre coisas incorretas e perceba que ele tem condição de localizar o erro, estimule-o. Elogie se ele encontrar o problema e jamais brigue se isso não ocorrer.

Depois do tema

Veja se a lição foi corrigida

A falta de correção da lição pode desestimular. O aluno pode entender que de nada valeu tanto esforço. Caso isso se repita, é interessante conversar com o professor ou com o coordenador.

Elogie os acertos

Seu filho acertou todos os exercícios da lição passada? Ele merece que você lhe dê parabéns. Mas se errou muitos, nada de briga. Pergunte se, com a correção do professor, ele entendeu por que errou. Se a resposta for negativa, estimule- o a tirar dúvidas. Caso a dificuldade seja frequente, o melhor é ir até a escola para identificar onde está o problema.

Seja um pai educador

Uma das melhores maneiras de colaborar com o trabalho escolar é dar-se conta de que educação não

é só aquilo que a escola oferece.

Dê o exemplo

Se você quer que seu filho seja gentil, responsável e carinhoso, deve dar o exemplo.

Não negocie o inegociável

As crianças tendem a pedir tudo o que veem. Mesmo que você tenha poder aquisitivo, aprenda a dizer não e a limitar os mimos. Isso dará a seu filho a noção de que as coisas não caem do céu.

Seja firme e coerente

Não é suficiente dizer para a criança se comportar. Isso é abstrato demais. Diga quais comportamentos

são esperados e quais são reprovados.

Dê tarefas domésticas

A partir do momento em que seu filho aprende a caminhar, pode começar a assumir algumas pequenas

tarefas, como guardar os brinquedos. Com o tempo, podem colaborar de outras formas, como arrumar a mesa das refeições. Isso deixa a criança feliz, porque ela se sente participante.

Fonte: Tania Marques, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Para embedar, o teste:

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/infografico/voce-e-um-pai-participativo-46181.html

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