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Ensino Superior  | 04/06/2013 06h04min

Conheça o perfil de aluno que busca a modalidade de educação à distância

As pessoas que fazem uma graduação na modalidade EAD têm, em média, 30 anos, são casadas e trabalham

Tatiana Tavares, Especial

Quem são as pessoas que abrem mão da convivência diária com uma turma de faculdade e optam por fazer um curso à distância? Normalmente, são adultos, com ou sem uma profissão anterior estabelecida, mas que buscam uma formação mais sólida. Segundo a secretária de Educação à Distância da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Mára Lúcia Fernandes Carneiro, os alunos dessa modalidade de ensino têm cerca de 25 anos ou mais.

— São pessoas que não conseguiram ingressar em um curso superior logo depois do ensino regular e já estão no mercado de trabalho — explica a professora.

Mas não é apenas a idade que determina o perfil desse novo estudante brasileiro — o sucesso da educação à distância no Brasil é recente, apesar de o modelo ser antigo, se levarmos em conta os cursos por correspondência. É preciso ter maturidade para encarar uma rotina mais solitária de estudo.

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O presidente da Associação Brasileira de Educação à Distância (Abed), Fredric Michael Litto, reforça que, além do aluno de EAD ter de cinco a 10 anos mais do que o estudante tradicional, ser casado e ter filhos na maioria dos casos, ele também é uma pessoa motivada e organizada.

— Um curso à distância não é para qualquer um. O aluno precisa ter características específicas: não pode ser uma pessoa que precise da atenção ativa do professor e deve ter disciplina — diz Litto.

A organização e a disciplina devem ainda estar acompanhadas da automotivação, pois, apesar de contar com a ajuda do professor, do tutor e dos colegas, ele também precisa ter muita vontade de estudar, pois o contato com essas pessoas é quase sempre virtual.

— Os cursos à distância são melhores para pessoas mais velhas, com maior capacidade de autogerenciamento. Normalmente, os jovens precisam do contato presencial mais frequente — opina Sérgio Franco, presidente da Rede Gaúcha de Ensino Superior a Distância (Regesd).

No que pensar na hora de escolher um curso em EAD

No Brasil, nem sempre o estudante opta por um curso à distância por ter o perfil para a modalidade, mas pela dificuldade de chegar aos grandes centros e, consequentemente, às boas universidades. Essa é a opinião de Sérgio Franco, presidente da Rede Gaúcha de Ensino Superior à Distância (Regesd) e membro do Conselho Nacional da Educação, ligado ao Ministério da Educação.

— Em países como a França, o Canadá, a África do Sul e a Alemanha, isso não acontece. Nesses lugares, a educação à distância já está mais consolidada — diz Franco.

O ideal, segundo os especialistas, é que a pessoa opte pela modalidade por ter um perfil adequado. É mais fácil ajustar um curso à distância à rotina, mas é preciso também abrir espaço e se organizar.

Curiosidades

> Do total de 30.420 cursos de graduação, 29.376 (96,6%) são na modalidade presencial, e 1.044 (3,4%), na modalidade à distância.

> Segundo o Censo da Educação Superior de 2011, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a idade dos alunos que ingressam em um curso de graduação à distância varia mais do que em um curso presencial, ficando na média de 33 anos.

Fonte: Inep/MEC

> A maioria dos alunos de cursos EAD estuda e trabalha, e a maior porcentagem de alunos que somente estudam é formada por aqueles que estão cursando disciplinas obrigatórias em EAD de cursos presenciais

Fonte: Associação Brasileira de Educação à Distância

O que é preciso para ser um aluno de educação à distância

> Ter capacidade de automotivação

> Ser organizado

> Saber ler com foco

> Conseguir se autogerenciar, sem precisar da intervenção sistemática do professor ou dos colegas

> Internet de qualidade à disposição

> Ter facilidade com os ambientes virtuais

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