Educação Básica | 21/05/2013 09h21min
Com paredes rachadas e um dos blocos de salas de aula interditado, a escola Ildefonso Simões Lopes, em Osório, teve sua rotina alterada.
Três meses após o inicio do ano letivo, a comunidade escolar ainda não viu solução para o impasse num dos principais colégios da cidade, com mais de mil alunos oriundos de diferentes municípios.
As rachaduras fizeram a instituição comunicar, em novembro, a 11ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) da necessidade de reformas. Em fevereiro, o laudo de uma arquiteta decidiu pela interdição em parte dos três andares do prédio mais ao fundo. O problema da construção, erguida há cinco décadas em um terreno inclinado ao pé do Morro da Borússia e cercado por mata atlântica, teve um agravante, explica a vice-diretora Joana Leal:
— Tem toda uma questão estrutural, mas as figueiras pioraram. Em outra gestão, foi feita uma reforma, mas que não foi suficiente.
As três árvores às quais a professora se refere ficam nos fundos da escola, próximas ao bloco interditado. Inicialmente, prejudicaram o esgoto, com raízes danificando os canos. Mais tarde, o reboco começou a trincar.
Sete salas estão fora de uso, assim como um laboratório de informática com 25 computadores, três banheiros (incluindo o único adaptado para deficientes físicos) e o alojamento. Espaço multimídia e parte da biblioteca viraram salas de aula. O almoxarifado se transformou em quarto para os 22 estudantes do curso técnico em Agropecuária que moram na escola, conhecida como Rural.
— Tudo foi feito em fevereiro, um mutirão para terminar antes do início das aulas — conta o diretor, Ingmar Ohlweiler.
A coordenadora regional de educação, Mônica Vitória Huegel, explica que o governo estadual fará as melhorias que a escola necessita — atualmente, há um processo de contratação da empresa que analisará a parte estrutural e emitirá um laudo apontando a solução, seja ela reforma ou reconstrução do bloco.
— Quando foi decidido pela interdição, fomos imediatamente à Secretaria da Educação apresentar a demanda, com pressa para viabilizar o ano letivo e mostrar a urgência — afirma.
Conforme a coordenadora, a liberação de recursos se dá por duas instâncias, as secretarias da Educação e de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano, por meio de suas respectivas coordenadorias, que trabalham em conjunto. A escola, que conta com ensinos Médio e Técnico, também deve receber verbas por meio do Plano de Necessidades de Obras (PNO).
Um dos prédios da escola foi interditado parcialmente por oferecer riscos
Foto:
Lívia Stumpf
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