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Educação Infantil  | 21/05/2013 07h07min

Creche de salas vazias em Gravataí

Falta de dinheiro impede atendimento de 60 crianças em creche comunitária

Denise Waskow  |  denise.waskow@diariogaucho.com.br

Na manhã chuvosa de segunda-feira, Pedro Caetano, quatro anos, pulou cedo da cama cheio de expectativa para o seu primeiro dia na creche. Depois de três anos na fila, ele finalmente havia conseguido uma das 60 vagas para estudar na Escola Comunitária de Educação Infantil São José, no Passo da Caveira, em Gravataí.

— Eu quero jogar futebol e fazer desenho — conta o garoto.

Mas a alegria logo se transformou em choro quando a mãe dele, a dona de casa Regina Galarse Caetano, 36 anos, recebeu um telefonema avisando que o atendimento da creche estava suspenso.

Um direito das crianças

O motivo: o bloqueio da conta bancária da instituição por ordem da justiça, impedindo o pagamento de funcionários e despesas de manutenção.

— A conta foi bloqueada em função de uma reclamatória trabalhista de uma ex-funcionária — explica a coordenadora da Associação dos Moradores do Passo da Caveira, que mantém a instituição, Sandra Mara Pires Fernandes.

Como a creche é conveniada com a prefeitura, é feito um repasse mensal de verbas. Em função da ação judicial, o dinheiro ficou bloqueado e a creche não conseguiu pagar os funcionáriosno dia 16. Com isso, eles não foram trabalhar.

— A gente vinha tentando evitar que isso acontecesse, mas não deu — lamenta Sandra.

Enquanto o impasse está nas mãos da Justiça, a criançada e os pais são os maiores prejudicados. A analista de qualidade Edinara Figueira Fernandes, 27 anos, teve de trocar de turno e trabalhar de madrugada para ficar com a filha de dia:

— É direito da minha filha ter uma creche. A esperta Paula Rafaela Fernandes Martins, cinco anos, reforça o que a mãe diz:

— Eu gosto de lá, da pracinha, de fazer desenhos, e a comida é boa.

Nas mãos da Justiça

Após reunião na prefeitura com a secretária de Educação (Smed) Maria do Carmo Alba, a coordenadora da creche ouviu que a prefeitura não tem como intervir na situação.

Portanto, Sandra informou que vai buscar o desbloqueio da conta na Justiça por meio de liminar.

O objetivo é se reabilitar a receber os repasses do município. A Smed vai esperar o parecer do juiz, e a escola fará uma reunião com os pais no final da tarde de hoje.

DIÁRIO GAÚCHO
Lívia Stumpf / Agencia RBS


Foto:  Lívia Stumpf  /  Agencia RBS


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