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A Educação Precisa de Respostas  | 17/05/2013 06h21min

"Ter concluído ensino fundamental ou médio não significa que o sujeito seja capaz de ler com fluência", diz professora Flávia Ramos, de Caxias do Sul, sobre a leitura

1º Prêmio RBS de Educação - Para Entender o Mundo está com inscrições abertas até 14 de julho

Docente da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Flávia Brocchetto Ramos trabalha na formação de professores. Graduada em Letras, com mestrado e doutorado em Teoria da Literatura e pós-doutorado em Educação, Flávia respondeu ao Pioneiro questões sobre as dificuldades que as pessoas têm, mesmo alfabetizadas, de entenderem textos do dia a dia.

O assunto é tema do 1º Prêmio RBS de Educação - Para Entender o Mundo (confira mais informações abaixo), que vai homenagear e divulgar boas ideias daqueles que se preocupam em incentivar a leitura em sala de aula ou em grupos comunitários.

Para Flávia, há dois fatores determinantes para a falta de compreensão de textos, seja
de jornais, revistas ou de livros. Um deles é a deficiência no processo de aprendizado da leitura. O outro motivo é o não exercício da leitura. 

— Ter concluído ensino fundamental ou médio não significa, infelizmente, que o sujeito seja capaz de ler com fluência. As exigências para aprovação são muito restritas. Diploma agora não é sinônimo de competência. A outra causa é a falta de exercício. Se a pessoa não exercita determinada ação, perde a prática _ diz a professora.

Flávia acredita que a origem do problema está na escola e na família.

— Na escola, em geral, o professor diz que as pessoas devem ler, mas ele mesmo não é um leitor. Nas famílias, os adultos que trabalham fora chegam em casa à noite e tendem a se dedicar à televisão. Não há o hábito de ler e de conversar sobre o lido.

Leia mais no Pioneiro desta sexta-feira.

O PRÊMIO

Professores e educadores que desenvolvem projetos de apoio à leitura podem participar do 1º Prêmio RBS de Educação.

COMO PARTICIPAR
Confira como funciona o prêmio

Inscrições
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Até 14 de julho

Onde se inscrever
- No site www.premiorbsde educacao.com.br, onde também está o regulamento

As categorias
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Professor de escola pública, professor de escola privada e projeto comunitário

Quem pode
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 Professores e educadores que desenvolvam práticas de mediação de leitura. A premiação não se restringe a projetos nas disciplinas de português e literatura, já que as habilidades leitoras também são fundamentais nas áreas de matemática e ciências, entre outras. Para concorrer, os interessados devem elaborar um relato que tenha como tema as práticas de ensino de leitura.

A seleção
-
A Comissão Julgadora será formada por especialistas. Após avaliação dos relatos, que devem ser submetidos no site do prêmio, a comissão elegerá três finalistas para cada uma das categorias, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, separadamente. Entre os finalistas, serão escolhidos os vencedores, pelos jurados e ainda por um júri popular.

O valor do prêmio

- R$ 155 mil, distribuídos entre finalistas dos dois Estados
Desse total:
- R$ 1,5 mil para cada um dos 18 finalistas;
- R$ 10 mil para cada vencedor (três do RS e três de SC) apontados pela comissão julgadora;
- R$ 10 mil para vencedores (um do RS e um de SC) apontados pelo júri popular;
- R$ 6 mil para as instituições _ a escola pública ou privada em que os professores vencedores lecionam ou a instituição à qual o premiado da categoria Projeto Comunitário é vinculado. O prêmio será concedido tanto às instituições apontadas pela comissão julgadora quanto àquelas do júri popular. O valor deverá ser destinado a um projeto próprio a ser informado no momento da entrega da premiação.

Inscrições em mais de uma categoria
- Possível desde que você atue em mais de uma categoria. Exemplo: como voluntário em um hospital e como professor de escola pública ou privada.

Como fazer o curso online
- Em www.premiorbsdeeducacao.com.br, é possível fazer um curso online gratuito sobre como ler e o papel do apoiador de leitura, que leva em média duas horas para ser concluído.

PIONEIRO.COM
Daniela Schiavo, divulgação / 

Professora Flávia acredita que a origem do problema está na escola e na família
Foto:  Daniela Schiavo, divulgação


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