Foi lançado nesta segunda-feira o Prêmio RBS de Educação, promovido pelo Grupo RBS e pela Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho. A premiação foi apresentada ao público, ao vivo, no programa Jornal do Almoço, na RBS TV.

Com o slogan Para Entender o Mundo, o prêmio vai divulgar e valorizar iniciativas que incentivam a leitura nas salas de aula ou em projetos comunitários.


Foto: Júlio Cordeiro

Professores, educadores, escritores, acadêmicos e personalidades ligadas ao Ensino da Capital e do Interior participaram do programa e debateram questões sobre como se tornar um mediador de leitura, ou seja, desenvolver uma forma criativa de fazer a ponte entre o texto e os leitores. Este é o tema do concurso.

Ao longo da programação, foram esclarecidas dúvidas sobre a importância do prêmio e as formas de participação. Bia Cortese, coordenadora de projetos do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), responsável pelo apoio técnico do concurso, respondeu às questões dos convidados. De acordo com ela, o grande objetivo de uma premiação como esta é mobilizar o maior número de pessoas em torno de uma causa, neste caso, a mediação da leitura.

— Queremos estimular outras pessoas que ainda não fazem esta ponte a começarem a projetar técnicas e também ajudar aquelas que já fazem a avaliar se o que fazem é bom — disse Bia.

Lucia Ritzel, gerente-executiva da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, que também respondeu às dúvidas, frisou que o prêmio é destinado a professores de Língua Portuguesa e Literatura, mas também àqueles que atuam em outras áreas, como matemática, história e biologia.

Uma das dúvidas recorrentes foi com relação à possibilidade de inscrições coletivas de projetos desenvolvidos em comunidades ou instituições públicas. Conforme os organizadores, a inscrição é individual, de um representante de cada projeto, mas a premiação pode ser para o autor e também para a instituição a qual ele estiver vinculado. Lucia lembrou que a exigência é de que o projeto de apoio à leitura esteja em funcionamento pelo menos seis meses antes da inscrição.

Presente no estúdio, a escritora Léa Fagundes parabenizou o Grupo RBS pela iniciativa e lembrou sobre a existência de outras plataformas na mediação da leitura.

— Estamos vivendo uma revolução cultural na história da humanidade. A tela (do computador) não pode ser vista como uma folha de papel. Agora os professores poderão também usar esta tela e trabalhar com hipertexto. A proposta de mediação de leitura se iniciou com o prêmio e é um processo que vai continuar a abrir muitas portas — comentou Léa.

Ao longo do Jornal do Almoço especial sobre o prêmio, bons exemplos de apoio à leitura foram exibidos.

Um deles ocorre em Canoas, na Região Metropolitana. Lá, um grupo leva a leitura a comunidades carentes, falando sobre a importância de ler. São os mediadores-ciclistas, que percorrem um longo caminho até chegar às casas de crianças e adultos. A ideia é criar famílias de leitura, uma grande ferramenta de transformação social, segundo os integrantes do projeto.

A disputa ocorrerá no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Cada Estado vai premiar três categorias, somando R$ 155 mil em prêmios. A inscrição é gratuita e deve ser feita no site do prêmio a partir desta segunda-feira até o dia 14 de julho.

Os concorrentes devem escrever um relato sobre a experiência e registrá-lo no site. A seleção será feita por especialistas, que vão eleger nove finalistas. Os vencedores serão anunciados em uma cerimônia de premiação.

Podem participar professores e educadores que desenvolvam práticas de apoio à leitura em qualquer disciplina. Os concorrentes devem escrever um relato sobre a experiência e registrá-lo no site. A seleção será feita por especialistas, que vão eleger nove finalistas. Os vencedores serão anunciados em uma cerimônia de premiação.