A reenturmação — processo de juntar turmas nas escolas estaduais de Santa de Catarina e que causou protestos de alunos e professores — deve terminar na próxima semana. Na Grande Florianópolis, de 80 turmas previstas, 50 não passarão mais por isso. A Secretaria de Estado da Educação analisou, nesta quinta-feira, caso a caso junto com gerentes regionais de Educação.

O secretário de Educação, Eduardo Deschamps, explicou que em algumas escolas haverá uma nova organização, como passar turmas maiores para salas mais amplas. Além disso, escolas devem encaminhar esclarecimentos sobre o processo aos pais dos alunos.

A reenturmação é feita com base em uma lei estadual de 1998, que estabelece quantidade máxima de alunos por turma. O ensino médio pode ter até 40 estudantes, os anos iniciais do fundamental até 30 e os finais, até 35. De acordo com o secretário, não foi relatado caso de turmas com mais estudantes do que o permitido por lei.

Além disso, as gerências foram orientadas a não fazerem reenturmação em escolas que estejam com algum tipo de interdição de infraestrutura. Outras situações estão sendo analisadas, como turmas que têm indicadores positivos, ou ainda as que estão em um contexto de vulnerabilidade social.

O processo causou uma protestos nas últimas semanas em cidades como Florianópolis, Biguaçu e Joinville. Alunos reclamaram em ter que mudar de turma, após início de ano letivo ou ainda do aperto em sala de aula.

A justificativa da secretaria para reunir turmas é a economia de gastos, que pode gerar R$ 2 milhões a mais à pasta.