Ritmo frenético de estudos e falta de tempo são as desculpas perfeitas para se alimentar mal, certo? Errado, segundo a nutricionista Cleunir Maximilya Luchini. Ela defende que mesmo entre um livro e outro é possível comer bem e ainda usar os alimentos como ferramenta para aguçar a memória e ajudar nos estudos.
A alimentação equilibrada é um dos fatores fundamentais para a boa disposição na hora de estudar. É o que vai garantir a energia na dose certa, que vai evitar o mal estar e ainda compensar, no paladar, as tensões das horas de estudo. Estudar de barriga vazia dificulta a concentração e o entendimento do conteúdo. Já comer errado e demais pode provocar irritação, ansiedade e inquietação.
Cuidados devem ser tomados para não perder o equilíbrio. Frutas, alimentos integrais e refeições a cada três horas são a receita básica de quem não quer chegar até a hora do vestibular com algum problema gástrico ou com alguns quilinhos a mais, difíceis de perder no começo da faculdade. Lá vão as dicas e as alertas feitos por Luchini:
NOZES + PEIXES = MEMÓRIA ATIVA
Há alimentos que ativam a memória e ajudam os estudantes a assimilar melhor os conteúdos. Bom, né? Fique de olho nos alimentos que são ricos em Ômega 3, que auxilia nos processos regenerativos do cérebro. Aposte em nozes e peixes como sardinha, salmão e atum. Mas evite o peixe frito, já que o nutriente se perde em alta temperatura. Grelhados e cozidos são as melhores opções.
CHÁ VERDE = MENOS ANSIEDADE
Outro herói na hora de ativar o cérebro é o chá verde. Para alguns, o sabor pode não ser agradável, mas as propriedades dele dão um reforço na sensação de bem estar. Os chás, em geral, são melhores e mais saudaveis do que o café, o guaraná ou outro energético. Como combina cafeína, em baixa escala, e L-teanina, diminui a sensação de ansiedade e inquietação. Dicas: quanto menos cozinhar o chá, melhor; e prefira a erva pura, ao invés dos saquinhos. Esquente um pouco a água, deixa uns segundos o chá curtir e filtre para consumir. A sugestão é tomar duas ou três xícaras por dia. A última dose deve ser tomada antes das 16h para evitar alterações no sono.
SEIS REFEIÇÕES = ENERGIA
Para garantir a energia nos estudos, nada de ficar mais de três horas sem comer. Também não vale pular refeição. O ideal é tomar o café da manhã logo ao acordar, para segurar o pique durante todo o dia, e antes do almoço e do jantar vale fazer um lanchinho. Uma hora antes de dormir é a vez da ceia, para não descansar de barriga vazia.
COMER DEVAGAR = DESCANSO
É muito importante comer pausadamente. As refeições e os lanches são momentos ideais para descansar e dar um tempo dos livros. Por isso, o café da manhã, o almoço e o jantar devem durar pelo menos 20 minutos. Já os lanchinhos, entre 10min e 15min. Assim, o cérebro terá tempo para perceber o que está sendo ingerido.
ALIMENTOS LEVES = CONCENTRAÇÃO
A alimentação também pode ajudar na concentração. Se tiver exame à tarde, tente almoçar cedo e comer coisas leves. Raciocinar bastante e ainda ter que aguentar aquela sensação de má digestão não é uma boa pedida e pode por em risco o bom desempenho. Por isso, coma sempre duas horas antes de começar o teste e evite alimentos pesados. Nada de massa com molhos gordurosos, fast foods e frituras. Aposte nas saladas, legumes cozidos e carboidratos mais leves. Carnes só vale sem muita gordura.
DIÁRIO CATARINENSE