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A Educação Precisa de Respostas  | 07/05/2013 08h09min

Aumento do número de alunos nas salas de aulas gera polêmica em Joinville

Governo do Estado diz que só está cumprindo a legislação e não haverá prejuízos. Nas escolas da região, protestos estão marcados

Atualizada às 08h39min Caroline Stinghen  |  caroline.stinghen@an.com.br

“Sou aluna da Escola Estadual Governador Celso Ramos, em Joinville, e não estaria aqui contando estes relatos se realmente não precisasse. Estudo no ensino médio inovador e hoje (3 de maio) uma das nossas turmas de 2º ano foi fechada. Os alunos dessa sala serão dispersos pelas outras quatro salas. O que acontece com esses alunos agora? Eles já começaram o ano e estão aprendendo coisas diferentes. Alguns professores que são contratados (ACTs) estão cogitando procurar outro emprego porque menos uma turma significa menos horas de trabalho e um salário reduzido. E se esses professores saírem? Vamos ficar igual ao ano passado esperando outro professor ou até mesmo ter três professores para uma matéria em um ano só?”

A dificuldade que alunos e professores encontram atualmente na rede estadual de ensino de SC não chega a ser novidade. Depois de um início de ano letivo complicado – com oito escolas interditadas somente em Joinville – em abril, uma nova polêmica: a chamada reenturmação.

MURAL: Você acha que reenturmação pode prejudicar a aprendizagem?

O texto de aluna da Governador Celso Ramos só comprova a preocupação dos estudantes com o próprio aprendizado. Dúvidas surgem a todo instante. As respostas, não. A readequação de turmas vai prejudicar o ensino? Os alunos acreditam que sim. O governo do Estado afirma que se trata de uma ação comum, realizada todos os anos. Está criada a discussão.

Os professores, agora, contam com o apoio direto dos alunos, que estão se organizando cada vez mais, criando grêmios estudantis e manifestando suas opiniões pelas redes sociais, com o objetivo de exigir o melhor para o ensino e a aprendizagem.

Na semana passada, houve três protestos contra a reenturmação, todos organizados por alunos. Anteriormente, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-SC) já havia realizado um manifesto em frente à Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) contra o fechamento de turmas, a estrutura das escolas estaduais e pela melhoria no salário dos professores.

Nesta terça-feira, com apoio da União Joinvilense de Estudantes (Ujes), o Sinte realiza novo protesto na praça Dario Salles – e não mais na praça da Bandeira – às 18 horas. Na próxima sexta, os alunos das escolas que tiveram turmas canceladas se reúnem mais uma vez na praça da Bandeira, às 9h30. Cartazes e carros de som estão programados.

O motivo para tanta reclamação foi o anúncio, na semana passada, do fechamento de 54 turmas de escolas estaduais na regional de Joinville. Nesta segunda, após novas avaliações nas escolas, a Gered anunciou que somente 28 serão suspensas na região. A ação foi exigida pela Secretaria de Estado de Educação para juntar turmas menores em uma única.

— Não entendo a polêmica. Estamos analisando todos os casos e agindo dentro do que a legislação exige —, explicou a gerente regional de Educação, Dalila Leal.

Para o secretário de Estado de Educação, Eduardo Deschamps, a medida vai trazer uma economia de aproximadamente R$ 2 milhões, que serão investidos na infraestrutura das escolas e na revitalização da carreira do magistério.

A NOTÍCIA
Leo Munhoz / Agencia RBS

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Foto:  Leo Munhoz  /  Agencia RBS


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