Três alunos do Instituto Federal Catarinense (IFC) vão trocar Camboriú pelo mundo para fazer ciência. Matriculados no curso de Sistemas da Informação, eles foram selecionados pelo Programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal, para trocar experiências em um intercâmbio em universidades no exterior.

A ideia é manter contato com diferentes modelos de educação nas áreas de tecnologia e inovação. O estágio dura um ano e meio, com direito a seis meses de imersão em uma nova língua.

Rafael Konell da Luz Romão, 19 anos, vai para a França, Lucas Ribeiro, 20, para os Estados Unidos e Renan Hillesheim, 20, para a Alemanha. Os três farão graduação na modalidade chamada de sanduíche — em que o estudante realiza parte dos estudos em uma instituição estrangeira.

As universidades onde os jovens vão estudar ainda não foram divulgadas — o que aumenta a ansiedade do trio.

— É uma oportunidade única, de ter contato com uma cultura diferente, aprender um novo idioma. Com certeza fará toda a diferença na nossa vida profissional. Estou bastante ansioso — diz Rafael.

Opção

A primeira opção dos estudantes era Portugal, que não exigia teste de proficiência na língua. Como o país foi o recordista em inscrições, com 32 mil interessados, 7 mil estudantes tiveram a chance de concorrer a bolsas em outros lugares, com a chance de imersão na língua antes de iniciar os estudos. Foi assim que meninos de Camboriú escolheram seu destino.

— Escolhi a Alemanha por ser a maior economia da Europa e também por oferecer bons cursos na nossa área — afirma Renan, que sairá do país pela primeira vez.

O embarque dos garotos está previsto para julho. Ao todo, oito alunos do IFC no Estado foram selecionados. As próximas chamadas do Ciência sem Fronteiras serão lançadas na segunda quinzena de maio.

Ciência sem Fronteiras

O programa Ciência sem Fronteiras é oferecido em conjunto entre os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC). A ideia é internacionalizar ciência, tecnologia, inovação e competitividade através de intercâmbio e mobilidade internacional.

A previsão é chegar a 101 mil bolsas de graduação e pós-graduação em quatro anos, permitindo contato dos alunos brasileiros com sistemas educacionais competitivos, além de atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros.