A Educação Precisa de Respostas | 03/05/2013 11h00min
Um anteprojeto de restauração do Instituto de Educação General Flores da Cunha, em Porto Alegre, apresentado ontem, representa não somente uma chance de recuperar prédios históricos datados de 1935. Será a oportunidade de reabilitar um ícone da formação de uma das profissões mais desvalorizadas no Estado nas últimas décadas, a de professor.
Fundado em 1869 com o nome de Escola Normal da Província de São Pedro, o instituto começou a funcionar em 1937 nos prédios construídos no Parque da Redenção para a exposição do Centenário Farroupilha, em 1935. Passou a chamar-se Escola Normal General Flôres da Cunha e, durante 60 anos, foi a única formadora de professores no Rio Grande do Sul.
A imponência da edificação ainda é notável na Avenida Osvaldo Aranha, 527. A escadaria de mármore é um marco do instituto, decorada por três telas gigantes, datadas de 1919, 1922 e 1923, já restauradas. No geral, porém, os edifícios estão aos pedaços. Como o ginásio, interditado há cerca de 15 anos, conforme a vice-diretora Alessandra Lemes da Rosa.
Em vez de o espaço ser usado para as aulas de Educação Física, ele abriga famílias de gatos, ratos e muito material inutilizado, desde cadeiras quebradas até catracas velhas e bolas furadas. O piso está destruído. Algumas salas de aula também estão avariadas.
— A chuva é o maior problema, devido às infiltrações. Aí, tem de interditar algumas salas — diz Alessandra.
Representantes da 3C Arquitetura e Urbanismo Ltda., vencedora da licitação, explicaram o anteprojeto na manhã de quinta-feira à comunidade escolar. A empresa terá 180 dias para elaborar o projeto, no valor de R$ 591 mil. O coordenador do trabalho e sócio da 3C, Leonardo Hortencio, afirma que o tombamento do instituto pelo Estado e pelo município torna complexo o restauro.
— A escola não tem acesso universal, mas não se pode colocar rampas nas escadas. Será preciso instalar um elevador, mas sem impacto na construção, além de saídas de incêndio. É um estudo muito criterioso e demorado — avalia.
ZERO HORA
Pichações marcam colunas da fachada do instituto, localizado no Parque da Redenção
Foto:
Lauro Alves
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