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A Educação Precisa de Respostas  | 29/04/2013 10h12min

Cidadania em exercício

Alunos usam jornais para embasar trabalho de reportagem e revelam problemas do bairro

GABRIELLE BITTELBRUN

Duas estudantes da Escola de Educação Básica Henrique Stodieck, de Florianópolis, decidiram transformar as reclamações dos vizinhos no bairro em denúncia. Emanuella Alexandre de Arbus e Catarina Rocha de Souza, ambas com 13 anos, levaram a sério o trabalho de Língua Portuguesa proposto para toda a turma e fizeram uma reportagem sobre as condições da região de Carianos, no Sul da Ilha, onde moram.

Foram duas manhãs escutando moradores, observando e registrando em fotos e texto os problemas. A apuração contribuiu para que elas desenvolvessem um olhar crítico diante do que conferiram. A dupla percebeu que até uma medida positiva, como as obras para o novo terminal de passageiros do aeroporto, tem consequências.
– Como passa muita caçamba para as obras, as ruas ficaram esburacadas. Os moradores colocaram areia e pedras para conseguirem passar – explica Catarina.

Meios-fios rachados, entulhos deixados pelos caminhões e falta de manutenção em terrenos (que estão com mato muito alto) também estavam entre as reclamações dos moradores. Pelas conversas com eles, as meninas perceberam que as complicações não eram só os buracos, nem se deviam somente às intervenções no aeroporto.
– O moradores falaram que o mato está muito alto, está ruim para levar as crianças para a creche. O bairro está abandonado mesmo – reforçam as estudantes.

A movimentação provocada pelas estudantes aumentou as expectativas, inclusive, para os moradores.
– Eles ficaram com esperança de que fosse tomada alguma providência no bairro – expôs Emanuella.

Professora elogia iniciativa e esforço dos estudantes

Para a professora de Língua Portuguesa e Literatura da turma, Silvana Aparecida Meneghetti Spcart, que propôs a atividade, a dedicação das meninas surpreendeu.
Afinal, além de exercitar o português, o trabalho fez com que elas transformassem a realidade onde vivem, estimulando o questionamento da comunidade.
– Elas agiram para que os direitos delas fossem atendidos – explica a professora, orgulhosa.

Os textos jornalísticos fazem parte dos conteúdos a serem trabalhados na 8a série. A proposta de Silvana era fazer com que os alunos saíssem dos livros didáticos e fizessem reportagem com base em algo do dia a dia. Houve trabalhos sobre livros e futebol, por exemplo.

O texto das meninas chamou a atenção, porque foi um canal para expor um problema e provocar melhorias. A nota 10 na avaliação, segundo a professora, foi mais do que merecida. E as alunas que trabalharam nos textos e nas fotografias ficaram com vontade de fazer mais.
– Ficamos na expectativa de ser jornalistas. Achamos muito legal ter que correr atrás, cobrar por providências – ressaltou Catarina.

 

Alvarélio Kurossu / Agência RBS


Foto:  Alvarélio Kurossu  /  Agência RBS


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