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Entrevista  | 23/04/2013 15h42min

Maria Tereza Piacentini é a convidada desta quinta-feira do Círculo de Leitura

Evento será transmitido ao vivo pela internet

A revisora, consultora e professora de Português Maria Tereza de Queiroz Piacentini é a convidada da 66ª edição do Círculo de Leitura de Florianópolis, que será realizada nesta quinta-feira, dia 25, das 18h30 às 20h, na Sala Henrique da Silva Fontes da Biblioteca Central da UFSC.

Catarinense de Joaçaba, ela tem como foco a língua portuguesa e suas normas, e entre seus livros aparecem “Não tropece na língua – Lições e curiosidades do português brasileiro” (2012), “Só vírgula: método fácil em vinte lições” (1996, 2003, 2009) e “Só palavras compostas: manual de consulta e autoaprendizagem” (2000 e 2010). O evento será transmitido ao vivo e pode ser acessado por meio do link: http://tvled.egc.ufsc.br/aovivo.

Maria Tereza é licenciada em Letras (Português e Inglês), com mestrado em Educação pela UFSC. Sua dissertação versou sobre o uso da internet na ampliação do capital linguístico. Em 1989 foi responsável pela revisão gramatical da Constituição do Estado de Santa Catarina. Nesta área também se destaca o seu trabalho de revisão técnica do livro “Homo academicus”, do sociólogo francês Pierre Bourdieu, lançado pela Editora da UFSC em 2011, e do livro “O que é uma escola justa?”, de François Dubet, publicado pela Editora Cortez em 2008. Desde março de 2000 publica a coluna semanal “Não Tropece na Língua” em seu site Língua Brasil – http://www.linguabrasil.com.br.

O Círculo

Criado pelo poeta Alcides Buss, o Círculo de Leitura é um projeto que permite ao convidado e aos presentes discutirem informalmente sobre os livros que estejam lendo, as leituras do passado e as influências de outros autores sobre o seu trabalho. Escritores e jornalistas como Salim Miguel, Oldemar Olsen Júnior, Fábio Brüggemann, Inês Mafra, Mário Pereira, Maicon Tenfen, Cleber Teixeira, Dennis Radünz, Rubens da Cunha, Renato Tapado, Raimundo Caruso, Nei Duclós, Marco Vasques, Zahidé Muzart, João Carlos Mosimann, Alckmar Luiz dos Santos e Mário Prata foram alguns dos participantes das etapas anteriores do projeto.

Breve Entrevista

Como foram seus primeiros contatos com os livros? Havia em sua casa um ambiente de estímulo à leitura?

Maria Tereza – Cresci em meio aos livros. Meu pai tinha um gabinete com prateleiras cheias de coleções, e ali eu vivia consultando a Enciclopédia Britânica. Minha mãe era uma leitora voraz e por isso pedia muitos romances emprestados. Eu também me aproveitava deles para realizar os meus sonhos de morar num castelo ou viajar para terras distantes. Como em Joaçaba não havia outras distrações para mim a não ser o cinema aos domingos, eu passava meus fins de semana na adolescência lendo “A pata da gazela” e outros livros de José de Alencar, por exemplo. Mais tarde descobri Eça de Queirós e Machado de Assis. Que delícia!

Como a leitura era tratada no ambiente escolar? No ensino fundamental e médio, a leitura era incentivada? O que ficou desses períodos em sua memória?

Maria Tereza – Na escola a leitura era fragmentada: nas aulas de português líamos os trechos de obras literárias que os compêndios escolares traziam, seguidos de um vocabulário que era preciso decorar. Mas não havia leitura crítica, que eu me lembre. Já no ensino médio – para mim, o Normal – os professores vieram com o preenchimento da “ficha de leitura”, que eu detestei, pois essa obrigação me tirava o prazer de ler por ler.

Quais foram os livros e autores que mais a marcaram ao longo de sua vida de leitora?

Maria Tereza – Além dos autores já citados, entre os que me marcaram cito Erico Veríssimo e Thomas Mann. Houve uma época em que fiquei fascinada com a literatura americana, principalmente John Steinbeck e Edgar Alan Poe. Hoje em dia, por causa das más traduções, evito os autores estrangeiros, a não ser que eu possa ler no original. Meu livro do momento é “A placenta e o caixão”, crônicas selecionadas de Deonísio da Silva.

Como vê a relação das novas gerações com os livros e a leitura? A internet facilita ou dificulta a aproximação dos jovens com a literatura?

Maria Tereza – Acredito que a internet facilita e abre novos caminhos para a leitura de um modo geral; ali os jovens de todas as classes têm acesso a jornais e revistas, por exemplo. Mas não os distancia nem os aproxima da literatura – só vai ler deixar de lado o computador para ler um livro quem adquiriu esse hábito na infância, seja na escola, seja na família.

DC NA SALA DE AULA
Henrique Almeida / Agecom/UFSC

Maria Tereza é licenciada em Letras (Português e Inglês), com mestrado em Educação pela UFSC
Foto:  Henrique Almeida  /  Agecom/UFSC


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