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Ensino Superior  | 09/03/2013 08h35min

Cerca de 9,7 mil estudantes podem ficar sem cursos acadêmicos e de idiomas

Novas regras do programa não garantem direitos a estudantes que se transferiram de Portugal a outros países

Aproximadamente 9,7 mil candidatos brasileiros a bolsas de estudos em universidades portuguesas pelo Ciência sem Fronteiras (CsF) — aptos a mudarem de país pelas novas regras do programa — podem não ter garantido nem o curso acadêmico nem o de idioma estrangeiro no novo destino.

A possibilidade de transferência para países como Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália, Canadá, Irlanda, Itália, França e Alemanha tem o propósito de desconcentrar a quantidade de bolsistas nas universidades de Portugal.

O país luso é o segundo maior destino dos beneficiados pelo CsF. No dia 5, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que quase 70% dos bolsistas que escolheram o país foram estudar em universidades consideradas mais fracas do que as principais instituições brasileiras.

Mesmo com a intenção de enviar mais estudantes para outros países, a forma inesperada com que os alunos estão sendo informados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) sobre os novos procedimentos está gerando mais questionamentos.

— Continuamos com dúvidas mesmo após recebermos os e-mails da Capes —, diz Sergio Machado, de 23 anos, aluno de Engenharia Biomédica da Universidade Federal do ABC, que transferiu sua candidatura para Itália.

Uma das principais dúvidas é se está garantida não somente a vaga após a mudança, mas também o curso de idioma intensivo no exterior — já que os alunos não têm conhecimento comprovado da língua do novo país para o qual estão se candidatando.

A Capes, por meio do Ministério da Educação (MEC), informou que o estudante que optar pela mudança não terá uma vaga certa no curso de idioma lá fora.

— Ele passará a concorrer à bolsa de línguas e à própria vaga no novo país escolhido em bolsas adicionais que ainda estão em negociação —, diz o comunicado.

A pasta informa também que os candidatos terão ainda de providenciar documentação complementar que é exigida para todos os países, como vistos e dados bancários para efetivar o novo processo seletivo. Além disso, o MEC ainda não deixou claro se esses estudantes que conseguirem viajar e ter direito ao curso de idioma adicional de seis meses serão obrigados a ressarcir os gastos do governo, caso não consigam passar no exame de certificação na língua. Esse teste é necessário para inscrição do aluno na universidade estrangeira. Nas seleções do CsF, quem não consegue atingir as pontuações estabelecidas são obrigados a retornar ao Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agência Estado

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