A Educação Precisa de Respostas | 01/03/2013 09h57min
Um joinvilense resolveu atravessar o oceano para levar sua solidariedade e conhecimentos à população de Angola, na África. Douglas Strelow, de 22 anos, é formado em educação física e viajou em outubro do ano passado para o país africano devastado por uma guerra civil e que enfrenta uma série de problemas sociais.
Ele levou sua vontade de promover uma transformação e materiais esportivos. Mas descobriu que trouxe na bagagem muito mais do que levou.
— Foi uma experiência muito gratificante. Aprendi muito, conhecendo uma realidade completamente diferente —, conta o profissional de educação física, que passou três semanas na região metropolitana de Luanda.
Segundo ele, o fato de os angolanos falarem português facilitou o trabalho, mas ele usou também a linguagem universal do esporte para educar e cativar, por meio do Projeto Bola da Paz. A iniciativa tinha como objetivo realizar cursos na área esportiva, para profissionais angolanos trabalharem em escolas e instituições de ensino.
— Os cursos tinham duração de três dias e ensinavam desde noções de segurança e dicas de alimentação, até orientações para a preparação de treinamentos de futebol e handebol —, explica.
— Foi a forma que encontramos de formar multiplicadores, para atingir um maior número de pessoas —, ressalta.
Além disso, Douglas também ajudou a promover torneios para as crianças atendidas pela Federação Imaculada Mãe de Deus de Angola, mantida pela Missão Católica. E o retorno das crianças foi muito positivo.
— Elas adoraram. É impressionante ver como elas adoram o Brasil, nossa cultura e nossos ídolos, em especial, os jogadores de futebol —, relata.
Mas, para ele, talvez a maior retribuição de carinho tenha vindo de um adulto. Ele conta que um aluno do curso, o Carlos, que voltou para agradecer, porque depois que recebeu o certificado de participação no projeto ele conseguiu um emprego. O educador físico sempre esteve engajado em projetos sociais em Joinville.
Douglas conta que a oportunidade de ir para Angola surgiu em 2011, quando ele ainda cursava educação física na Univille. Mas a viagem só acabou se concretizando em 2012, depois de formado. Isso porque era preciso buscar apoio financeiro para realizar a viagem.
Douglas explica que o projeto foi viabilizado com a venda de 200 camisetas, comercializadas no Brasil por meio das redes sociais. E a ideia fez tanto sucesso que o pessoal do projeto já começou a comercializar novas camisetas, desta vez em prol da educação no Nordeste brasileiro. Quem tiver interesse em ajudar pode acessar o site http://escolasdosertao.com.br.
'Foi uma experiência muito gratificante. Aprendi muito, conhecendo uma realidade completamente diferente'
Foto:
Leo Munhoz
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