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 | 11/02/2013 23h42min

"A Força Nacional de Segurança será utilizada, se for o caso, em atuações específicas"

Em entrevista exclusiva, governador admite que pode recorrer a ajuda federal

Atualizada às 23h42min Felipe Pereira  |  felipe.pereira@diario.com.br

No 13º dia de atentados em Santa Catarina, o governador Raimundo Colombo interrompeu a folga do Carnaval, horas depois do ataque registrado no Centro Administrativo, e participou de reunião no comando da Polícia Militar.

Diário Catarinense — O Centro Administrativo foi alvo de um atentado. Qual sua avaliação?
Raimundo Colombo —
Situação que a polícia está investigando e vai esclarecer, como todos os outros. A resposta é aumentar ainda mais o combate ao crime.

DC — O senhor não vê esse ataque com um simbolismo?
Colombo —
Estamos dando a resposta e vamos continuar com vigor, independentemente de onde eles tiverem atacando.

DC — O senhor falou em 100 homens da Força Nacional de Segurança (FNS), mas o Ministério da Justiça informou que seriam quantos fossem necessários.
Colombo —
Falei um número aleatório. Nós temos a melhor relação com o ministro, falamos por telefone todo dia.

DC — A explicação para não aceitar a FNS é que o contingente seria baixo?
Colombo —
Tecnicamente, a recomendação que se faz, e isto é de todas as instituições que estão participando e a inteligência, é que a Força Nacional de Segurança deve ser utilizada em objetivos específicos. Quando houver este momento, ela será chamada. Se houver este momento.

DC — O senhor não descarta mudar de opinião?
Colombo —
Se houver o momento específico, objetivo específico, sem nenhum problema.

DC — Com quem o senhor se aconselhou para recusar a oferta?
Colombo —
Conversei com o ministério (da Justiça) e todas as pessoas que estão coordenando o trabalho aqui. E uma decisão técnica. A Força Nacional de Segurança será utilizada, se for o caso, em atuações específicas.

DC — A gestão do sistema prisional também é questionada. Como o senhor avalia o diretor do Deap, que colocou o cargo à disposição no dia 2 de fevereiro?
Colombo —
Continua com a minha confiança. Nós estamos fazendo um trabalho importante e é o momento de continuar o trabalho e consolidá-lo.

DC — O senhor acha que a mudança traria prejuízos?
Colombo —
Eu acho que ele está fazendo um bom trabalho. Já entregamos o presídio de Criciúma, de Tubarão, o presídio de Chapecó, o presídio e a penitenciária de Itajaí, com mais de 600 vagas. Nós temos mais de 6 mil detentos trabalhando, 2 mil estudando. A equipe fez um grande trabalho. O que não impede de ter acontecido erros. Como, por exemplo, uma ação exagerada e inaceitável no caso do vídeo em Joinville, que vamos investigar e punir os excessos. Já foram afastados 17 funcionários.

DC — E a secretária de Justiça, Ada de Luca, está prestigiada?
Colombo —
O momento é de construir um trabalho cada vez mais eficiente. Não é o momento de questionar as pessoas, a não ser que haja falhas. Neste momento estamos enfrentando uma situação e cada um dando o máximo de si. Vocês (imprensa) divulgam, e entendo, tudo que não deu certo. Mas tem um série de situações. Você veja, nós tivemos um verão tranquilo, estamos tendo um Carnaval tranquilo.

DC — E já se sabe os motivos dos atentados?
Colombo —
O serviço de inteligência está trabalhando, investigando. Existem muitas informações sendo checadas e aprofundadas.

DC — O senhor tem uma resposta do por quê?
Colombo —
Está em curso. Temos todos os levantamentos, os diagnósticos.

DC — Então há progressos?
Colombo —
Sim, e não posso dizer mais que isso. Nesta situação você tem um inimigo, que é o crime. Não cabe passar informação sigilosa sobre a nossa investigação porque o efeito é negativo para o nosso trabalho. Algumas coisas, pela característica dela, temos de tratar como inteligência para proteger o Estado, as nossas forças.

DC — O governo diz que controla a situação, mas os ataques continuam. Por quê?
Colombo —
Existe muito vandalismo neste momento. A grande maioria dos (atentados dos) últimos dias têm sido feito por vândalos. O pico da crise se deu nos dias 31 (de janeiro), 1º e 2 (de fevereiro). A partir daí, o maior volume de atuações é de vandalismos. O Estado está fazendo todo o seu esforço e é só você olhar quantas pessoas foram presas.

Clique no mapa e veja onde foram as ações criminosas:


Ver Atentados em SC - 2013 num mapa maior

Foram registrados ocorrências em 28 municípios de SC

15 — Joinville 
14 — Florianópolis 
8  — Itajaí 
6 — Chapecó 
6  — Tubarão
4 — Camboriú
4 — Criciúma
4 — Navegantes 
4 — Palhoça  
2 — São Francisco do Sul
2 — Gaspar
2 — Jaraguá do Sul 
3 — São José 
2 — Brusque
1 — Laguna
1 — Araquari
1 — Balneário Camboriú
1 — Maracajá
1 — Ilhota
1 — Indaial
1 — Blumenau
1 — Bom Retiro
1 — Garuva
1 — São João Batista
1 — São Bento do Sul
1 — Rio do Sul
1 — Porto União
1 — São Miguel do Oeste — São João Batista
1 — São Bento do Sul
1 — Rio do Sul
1 — Porto União
1 — São Miguel do Oeste

Jessé Giotti / Agencia RBS

Na segunda-feira, após ataque ao Centro Adminstrativo, Colombo foi a reunião no comando da PM
Foto:  Jessé Giotti  /  Agencia RBS


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