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 | 26/01/2013 15h09min

Perseguição na madrugada deste sábado envolveu seis veículos da Polícia Militar, de Florianópolis

Vídeo mostra equipes tentando mobilizar motorista que dirigia em ziguezague na Via Expressa

Gabrielle Bittelbrun  |  gabrielle.bittelbrun@diario.com.br

Seis viaturas da Polícia Militar e um helicóptero Águia estiveram envolvidos em uma perseguição policial que terminou em morte em Florianópolis.

Trechos da ocorrência, na madrugada entre sexta-feira e sábado, foram registradas por câmeras da PM em um vídeo que ainda não foi liberado pela corporação. Nas imagens, é possível acompanhar o momento em que Marcos Antonio Clarinda, 48 anos, resiste à prisão e se debate intensamente dentro da viatura da polícia.

São dados pelo menos dois disparos com a arma de choque, a taser, para acalmá-lo. Instantes depois, ainda se debatendo, ele recebe dois medicamentos do Samu. Segundo o Samu, o homem teria morrido a caminho do Hospital Governador Celso Ramos. A assessoria da PM afirmou que um sargento foi chamado ao Hospital Celso Ramos e, chegando lá, uma médica disse que Clarinda teria morrido. Conforme a assessoria, não se sabe se ele morreu na rua, na viatura ou no hospital.

De acordo com os registros da PM, o motorista de um Ford Fiesta chamou a atenção ao trafegar em ziguezague e em alta velocidade pela Via Expressa, no Bairro Capoeiras, por volta das 23h40min de sexta-feira.

Os policiais deram ordem de parada, mas Marcos não teria respeitado, dando-se início a uma perseguição até o Saco dos Limões, na Ilha, onde foi feita uma barreira policial, na tentativa de contê-lo. Porém, segundo os policiais, o motorista desviou pela calçada, contra um soldado da guarnição.

Nesse momento, foram dados quatro disparos na direção do carro, dois de pistola e dois de armas de balas de borracha. Como o carro bateu em um poste e o pneu foi atingido, Marcos foi imobilizado pela polícia e colocado na viatura. Pelas imagens da PM — feitas após essa imobilização — é possível notar que o motorista estava alterado e lançava o próprio corpo contra a viatura, em movimento.

Segundo o Major João Carlos Neves Júnior, da Comunicação Social da PM, Marcos chegou a danificar o veículo. Na Rua João Motta Espezim, ainda no Saco dos Limões, os policiais decidem parar o carro e acionar o taser. Já ferido por ter se debatido também no asfalto, Marcos continua resistindo à imobilização dos policiais. Nesse momento, o vídeo registra a chegada dos profissionais do Samu, que aplicam uma medicação.

Nas imagens, é possível perceber que Marcos fica desacordado e chega a receber massagens cardíacas da equipe do Samu. O Major Alessandro Marques, também da Comunicação Social da PM, informa que o uso do taser respeitou as orientações técnicas. Mesmo assim, deve ser aberto um inquérito na PM para se analisar os procedimentos adotados.

A 2º Delegacia de Polícia da Capital também deve investigar as causas da morte de Marcos. Segundo o agente da delegacia, Luciano Silva, as seringas utilizadas pelo Samu já foram coletadas. O Fiesta com placa de São José e as imagens da PM também devem servir nas investigações. No carro, não foram encontradas bebidas alcoólicas, apenas ferramentas e uma furadeira.

Por volta das 17h deste sábado, a família já havia passado pelo Instituto Médico Médico Legal e reconhecido o corpo. Marcos era natural de Lauro Muller, no Sul do Estado, e não tinha antecedentes criminais.

Samu descarta reação a medicamentos aplicados

No relatório emitido pelos profissionais do Samu, consta que o paciente estava agressivo e com provável overdose. Foram enviadas duas unidades ao local, uma básica e uma especializada. O coordenador do Samu estadual, Alfredo Schmidt, explica que Marcos teve uma parada cardiorrespiratória que chegou a ser revertida pelos profissionais.

Mas Marcos teria sofrido outra parada cardiorrespiratória e falecido no Hospital. De acordo com Schmidt, foram dados medicamentos para deixar o paciente mais tranquilo, como é feito nas situações de possível intoxicação. O coordenador do Samu descarta uma reação em função dos remédios dados pelos especialistas. 

— Foi tudo dentro do padrão de atendimento médico — expõe.

DIÁRIO CATARINENSE
Julio Cavalheiro / Agencia RBS

Carro atingiu um poste, no Saco dos Limões, no final da perseguição
Foto:  Julio Cavalheiro  /  Agencia RBS


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