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A Educação Precisa de Respostas  | 21/01/2013 20h18min

Escola fecha via pública e causa polêmica em Lajeado

A rua fica na lateral da escola e, segundo lei municipal, aprovada por unanimidade, é concessão municipal

Júlia Otero  |  julia.otero@zerohora.com.br

Dois portões de ferro, trancados com cadeados, impedem o vaivém pela Rua Albert Schweitzer, em Lajeado, desde ontem. As barreiras foram instaladas pelo Colégio Sinodal Gustavo Adolfo, no bairro São Cristóvão, autorizadas por lei municipal. Alguns moradores não gostaram.

— É um absurdo uma escola particular tomar posse de um local público. Essa é a única rua da nossa região que é plana. Agora, para nos movimentarmos temos que desviar pelo menos duas quadras entre subidas e descidas — reclama o morador Jair Zang, autônomo, 46 anos, que mora a três quadras do local.

A rua fica na lateral da escola e, segundo a lei municipal, aprovada por unanimidade na Câmara de Vereadores, é concessão municipal, com duração de cinco anos. A escola também se tornou responsável pela limpeza, segurança contra depredações e manutenção do lugar. Mas o prefeito Luís Fernando Schmidt (PT) afirma que não sabe se os portões poderiam ter sido implantados.

— Quando aprovamos, não sabíamos que eles iriam colocar portões, apenas pensávamos que iam barrar o trânsito de veículos com sinalizadores — também afirma o então presidente da Câmara, Paulo Tori (PPL).

Segundo o diretor da escola, Edson Wietholter, os portões foram colocados porque não há moradores nesse trecho da rua:

— Também estamos concluindo a construção de uma quadra esportiva do outro lado da rua. Nosso colégio tem uma área pequena. Pensamos que essa quadra poderia servir na hora do recreio e não queríamos que nossos alunos corressem perigo ao atravessar a via. Nós conversamos com a associação de moradores da época, com a Câmara de Vereadores, e fizemos todos trâmites legais: houve estudo do departamento de trânsito e recolhimento de 2 mil assinaturas.

A assessora jurídica especial do município, Fernanda Goerck, destaca que se for confirmado que foram seguidos os trâmites legais, com anuência da associação de moradores e estudo do departamento de trânsito, a lei é válida. No entanto, os documentos que comprovem isso não teriam sido encontrados.

— Vamos investigar. Caso haja irregularidade, essa concessão poderá ser revogada — destaca.

A escola informou que uma porta lateral será aberta fora do horário escolar — das 7h às 18h30min — para pedestres. Ainda não há definição se o local permanecerá fechado aos finais de semana e feriados.

ZERO HORA
Lidiane Mallmann / Especial

Medida foi tomada para proteger alunos, que atravessam via para brincar na quadra esportiva do outro lado da rua
Foto:  Lidiane Mallmann  /  Especial


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