Professor | 16/01/2013 03h34min
Imagine uma escola em que as aulas são apresentadas em vídeo e na qual o papel do professor começa depois, no auxílio com as dúvidas dos alunos.
É esse modelo, apontado como um possível futuro para o ensino, que o norte-americano Salman Khan deve defender nesta quarta-feira em Brasília, durante encontro com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Apesar de abordar temas inóspitos como equações diferenciais ou química orgânica, Khan é um dos maiores fenômenos de popularidade na Internet. As aulas que postou na rede já foram assistidas 228 milhões de vezes. Nos vídeos, com duração média de 12 minutos, ele explica de forma didática conteúdos espinhosos das mais variadas disciplinas. Depois dos Estados Unidos, onde 20 mil salas de aulas adotaram seus vídeos, o Brasil é o país com maior número de acessos.
Antes da viagem ao Brasil, onde lançará um livro, Khan defendeu em entrevista a ideia de que não há mais motivo para os professores gastarem saliva em aulas expositivas. Esse papel pode ser desempenhado pelas aulas pré-gravadas.
Khan é o nome mais proeminente de uma vertente que está ganhando força, inclusive com ramificações nacionais. Em 2011, o estudante de Engenharia da Produção da UFRGS Miguel Andorffy, 22 anos, criou o Me Salva!, que já teve 2,3 milhões de acessos a um conjunto de 200 aulas de Física, Química e Matemática. Animado com o êxito, o gaúcho está preparando para março uma reforma geral no site, com o lançamento de mais 300 lições.
Aulas são interessantes, mas não substituem o professor
Andorffy acredita que os vídeos proporcionam a personalização do ensino. Cada aluno pode aprender na sua velocidade e focar nos conteúdos em que tem mais problema. Ele também crê em uma escola diferente, em que os conceitos básicos sejam repassados por meio do vídeo:
— Escolas que têm sucesso são aquelas com os melhores professores, mas não é possível ter os melhores em todas. Com os vídeos, qualquer aluno poderia ter acesso ao melhor professor do mundo. Ainda existe certa resistência a isso, mas vai diminuir na medida em que surjam casos bem sucedidos.
Helena Sporleder Côrtes, professora da Faculdade de Educação da PUCRS, enxerga nas aulas postadas na internet um recurso interessante para a escola, mas ressalva que elas não substituem o professor:
— Nossa educação tem muitas carências. Todo recurso de apoio, se for utilizado com critério, é bem-vindo. O professor que usa um vídeo não está abrindo mão de seu papel. Se ele encontra algo que serve ao que está trabalhando, deve usar.
Imagine uma escola em que as aulas são apresentadas em vídeo e na qual o papel do professor começa depois, no auxílio com as dúvidas dos alunos.
É esse modelo, apontado como um possível futuro para o ensino, que o norte-americano Salman Khan deve defender nesta quarta-feira em Brasília, durante encontro com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Apesar de abordar temas inóspitos como equações diferenciais ou química orgânica, Khan é um dos maiores fenômenos de popularidade na Internet. As aulas que postou na rede já foram assistidas 228 milhões de vezes. Nos vídeos, com duração média de 12 minutos, ele explica de forma didática conteúdos espinhosos das mais variadas disciplinas. Depois dos Estados Unidos, onde 20 mil salas de aulas adotaram seus vídeos, o Brasil é o país com maior número de acessos.
Antes da viagem ao Brasil, onde lançará um livro, Khan defendeu em entrevista a ideia de que não há mais motivo para os professores gastarem saliva em aulas expositivas. Esse papel pode ser desempenhado pelas aulas pré-gravadas.
Khan é o nome mais proeminente de uma vertente que está ganhando força, inclusive com ramificações nacionais. Em 2011, o estudante de Engenharia da Produção da UFRGS Miguel Andorffy, 22 anos, criou o Me Salva!, que já teve 2,3 milhões de acessos a um conjunto de 200 aulas de Física, Química e Matemática. Animado com o êxito, o gaúcho está preparando para março uma reforma geral no site, com o lançamento de mais 300 lições.
Aulas são interessantes, mas não substituem o professor
Andorffy acredita que os vídeos proporcionam a personalização do ensino. Cada aluno pode aprender na sua velocidade e focar nos conteúdos em que tem mais problema. Ele também crê em uma escola diferente, em que os conceitos básicos sejam repassados por meio do vídeo:
— Escolas que têm sucesso são aquelas com os melhores professores, mas não é possível ter os melhores em todas. Com os vídeos, qualquer aluno poderia ter acesso ao melhor professor do mundo. Ainda existe certa resistência a isso, mas vai diminuir na medida em que surjam casos bem sucedidos.
Helena Sporleder Côrtes, professora da Faculdade de Educação da PUCRS, enxerga nas aulas postadas na internet um recurso interessante para a escola, mas ressalva que elas não substituem o professor:
— Nossa educação tem muitas carências. Todo recurso de apoio, se for utilizado com critério, é bem-vindo. O professor que usa um vídeo não está abrindo mão de seu papel. Se ele encontra algo que serve ao que está trabalhando, deve usar.
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