A falta de segurança em alguns prédios públicos, que acabam sendo alvo de furtos e ações de vandalismo, fica ainda mais evidente neste período de férias. Em Joinville, pelo menos cinco escolas foram invadidas durante o recesso escolar.

GALERIA DE FOTOS: prédios públicos depredados em Joinville

Em três unidades municipais – Prefeito Baltasar Buschle, Padre Valente Simioni e Rubem Roberto Schmidlin –, os vândalos sujaram o pátio da área externa com os extintores de incêndio. Mas em duas escolas da rede estadual de ensino, os invasores deixaram um rastro de destruição e prejuízo.

A escola da rede estadual Deputado Estadual Nagib Zattar, no bairro Jardim Paraíso, é recordista em número de ocorrências. Só entre os dias 29 de dezembro e 12 de janeiro, a escola foi invadida sete vezes. Desde que a escola deixou de contar com um vigilante, em outubro, a direção já registrou 28 boletins de ocorrência sobre os roubos e episódios de vandalismo.

— Quinze janelas foram quebradas, pelo menos oito portas foram arrombadas, dois aparelhos de ar-condicionado split, três computadores, dois aparelhos de datashow, uma caixa de bolas de vôlei, basquete e futsal e inúmeras caixas de alimento já foram roubadas —, contabiliza a diretora Dalva Moser.

— Isso sem falar nos dez extintores da escola que estão vazios porque foram usados para sujar toda a escola e a quadra de esportes, e nos muros que foram pichados —, relata.

Outra escola que vem sendo alvo constante dos vândalos é a Gertrudes Benta da Costa, na avenida Paulo Schroeder, bairro Itinga. A última invasão foi registrada na noite de Réveillon. Oito portas foram arrombadas, pelo menos cinco computadores furtados e outros equipamentos destruídos.

Usando uma carteira escolar, os vândalos quebraram uma TV LCD de 52 polegadas, que ficava no auditório, além da sirene do alarme, que foi acionado, mas não inibiu a ação.

— Eles agiram no Réveillon justamente porque sabiam que os vigilantes de plantão provavelmente demorariam mais para atender ao chamado —, acredita o diretor da escola, Germano Schmidt.

— Quando o alarme dispara, a central da empresa terceirizada é acionada em São José (na Grande Florianópolis), e eles ligam para o plantão em Joinville, mas na virada do ano, o tempo de resposta foi maior, e deu tempo para que eles pudessem agir —, explica.

Na sala de informática, computadores foram roubados. E os que não foram levados foram cobertos pelo pó branco de extintores, o que deu muito trabalho aos funcionários da escola, que levaram horas para limpar todos os equipamentos com ajuda de jatos de ar e pincéis.

Já na sala dos professores, os vândalos quebraram todos os retratos de docentes e funcionários da escola, que estavam fixados na parede. Na cantina, alimentos foram espalhados pelo chão, e o freezer, que estava cheio de carne, também foi alvo dos extintores.

— Não entendo porque fizeram uma coisa dessas. Tivemos de jogar toda a carne fora —, desabafa o diretor.

Segundo ele, não é a primeira vez que a escola é alvo de invasão.

— Há três meses, roubaram computadores da secretaria —, lembra.

Por isso, a direção solicitou que, além do alarme, a escola contasse também com um vigilante 24 horas. Pedido que só foi atendido após a última invasão, até porque oito portas permaneceram abertas após o arrombamento.

LEIA MAIS:

Reforçar a segurança como uma solução 

Situação se repete em Rio Negrinho 

Unidades de saúde invadidas