Educação Básica | 13/01/2013 14h07min
A Escola Estadual Maria Ilha Baisch coleciona bons resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e no Exame Nacional do Ensino Médio (Médio). E, no fim de 2011, celebrou 100% de alunos aprovados no extinto Programa de Ingresso no Ensino Superior (Peies). Um feito. Porém, só agora a qualidade do ensino poderá ser comparada à qualidade da infraestrutura do colégio. Após mais de um ano de espera, a escola vai ganhar nova rede elétrica.
De junho de 2011 até o final do ano letivo de 2012, os cerca de 500 alunos, os professores e os pais viviam apreensivos. A parte elétrica, que não havia sido trocada desde a inauguração do prédio, há 52 anos, passou a causar problemas. As janelas de algumas salas de aula soltavam pequenas descargas elétricas, causando choques quando as crianças encostavam nelas. Por causa disso, algumas salas precisaram ser interditadas, e os alunos, remanejados para outros cômodos, como a biblioteca, ou para aulas ao ar livre, sob a luz do sol.
– Nós desligávamos a luz, porque tínhamos medo. Às vezes sentíamos cheiro de fio queimado, vivíamos em uma tensão – conta a diretora da escola, Leila Isabel Schumacher.
No último dia 8, porém, a escola virou um canteiro de obras e a promessa é que nenhuma tomada ficará intacta quando os trabalhos terminarem. Estão previstas a retirada de toda a fiação antiga, a troca de lâmpadas, luminárias e caixas de luz e a colocação de uma nova tubulação para acomodar a rede elétrica. A reforma inclui sete salas de aula, laboratórios de informática e de ciências, além das salas de direção, dos professores, secretaria e banheiros. Os custos ultrapassarão R$ 152 mil.
Para a funcionária pública Ivonete Facco, 44 anos, mãe de Vinícius, 13, a expectativa é que o ano se inicie com menos preocupação.
– Quem não se preocupa quando o aluno estuda em uma escola com esse tipo de problema? O Vinícius, às vezes, chegava em casa com medo. Tomara que seja resolvido – diz.
O estudante Vinícius, que passou por dificuldades na hora de copiar conteúdos do quadro para o caderno pela falta de luz, espera que o ano comece com a nova rede elétrica instalada.
– Vai ser bem melhor, pelo menos vamos conseguir fazer as provas sem a confusão de ter de mudar de sala – comenta.
Obra atrasada afetará o calendário
A solução para o caso da Maria Ilha Baisch demorou para chegar. O pedido de reparos foi feito à 24ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) em 20 de junho de 2011, mas foi atendido apenas no final do ano passado. As obras que deveriam ter começado em 5 de dezembro, tiveram início em 8 de janeiro.
— Pressionamos a Secretaria de Obras. Era para ser um acesso rápido, dinâmico, pois a obra já estava licitada. Ficamos bem preocupados, e estamos pedindo para que a obra seja adiantada e concluída até o início do ano letivo — esclarece a diretora.
O prazo de conclusão da obra é abril, mas segundo o eletrotécnico responsável pela execução do serviço, Roberto Lamberty, a equipe está tentando trabalhar com agilidade para que tudo esteja pronto até o final de fevereiro. Caso isso não aconteça, o ano letivo da escola será afetado. Mas a diretora Leila está otimista:
— Acredito que, realmente, tudo deve ficar pronto até o final de fevereiro. Como o trabalho é por empreitadoa quanto mais agilizarem, melhor. Caso atrase, veremos a possibilidade de fazer um calendário rotativo, para não ferir o ano letivo.
LICIANE BRUNGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2012 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.