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Vestibular  | 12/01/2013 16h31min

Rosane de Oliveira: Rito de passagem

Durante os dias de vestibular da UFRGS, a colunista Rosane Oliveira irá relatar a experiência de mãe de vestibulanda. Confira o primeiro texto da série:

Quatro anos depois de ter acompanhado o vestibular da UFRGS na condição de mãe de um adolescente de 17 anos, sem emoção e sem estresse, a história se repete. Eduardo foi fazer as provas da UFRGS depois de já estar matriculado no curso de Design Visual da ESPM e de ter sido aprovado na PUC e no IPA. Neste domingo, Luiza começa a maratona de provas da UFRGS na mesma condição. Já está matriculada na ESPM e vendo o irmão feliz trabalhando na área, nem quis fazer o vestibular da PUC.

Que motivação pode ter para o vestibular da UFRGS um adolescente disposto a trabalhar na indústria criativa, que já está matriculado em uma faculdade com boa reputação na praça? O calendário das faculdades particulares, que aplicam as provas em dezembro e exigem a matrícula imediata, conspirada contra o interesse pela UFRGS.

A verdade é que passar na UFRGS nunca foi uma obsessão nesta família em que a mãe se formou na PUC, com crédito educativo, e o pai, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Reconheço a excelência da UFRGS, mas também conheço seus problemas de equipamentos, de greves e de excesso de professores substitutos em alguns cursos.

Seria muito bom economizar R$ 1,7 mil por mês, mas como considero educação investimento e não um gasto, a gratuidade de uma universidade pública é apenas um elemento na cesta de indicadores. Por isso, Luiza não fez cursinho. Se passar, terá pela frente a difícil decisão de escolher entre uma e outra.

Mesmo sem pressão para passar, percebo que ela está ansiosa. O vestibular é um estressante natural. Também estava ansiosa na prova da ESPM, achou que tinha ido mal, mas olhei o caderno de questões e antes de conferir o gabarito sabia que estava exagerando.

Na manhã deste domingo, estarei no pátio de uma escola do bairro Floresta, esperando minha caçula sair das primeiras provas. Talvez eu me angustie, talvez seja apenas espectadora da angústia de outros pais. Durante estes dias, relatarei aqui a experiência de ser mãe de vestibulanda 35 anos depois de ter enfrentado esse rito de passagem como candidata a uma vaga na universidade.

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