Vestibular | 11/01/2013 10h56min
O vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) — que ocorre de domingo a quarta-feira — é o encerramento de uma maratona que teve, em outubro, o Exame Nacional do Enisno Médio (Enem), as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que terminam hoje, e diversos processos seletivos de outras instituições de Ensino Superior no Estado, ao longo dos últimos meses de 2012. Serão quatro dias para selecionar os estudantes que ingressarão em uma das melhores universidades brasileiras, de acordo com o Índice Geral de Cursos (IGC), organizado pelo Ministério da Educação (MEC).
Às vésperas do concurso, tensão e ansiedade fazem parte da rotina dos vestibulandos. Assim, os pais podem desempenhar um papel importante para diluir estes sentimentos e, dessa forma, colaborar com um melhor desempenho nas provas. E a maneira mais fácil de conseguir isso é não atrapalhando.
— A primeira coisa é respeitar o vestibulando, que já passou o ano inteiro estudando e recebendo orientações dos professores. Se ele decidir não estudar mais durante o vestibular, os pais devem entender. É o momento para criar um clima de tranquilidade — recomenda a psicóloga Jaqueline Ferreira, especialista em programas de acompanhamento a vestibulandos.
Confira como você pode ajudar
Recomendações da psicóloga Jaqueline Ferreira para influenciar de forma positiva na rotina do vestibulando:
Cuide da logística
> Uma boa alternativa para pais ansiosos em ajudar os filhos é preparar a logística dos dias de prova.
> Fique atento ao despertador para acordar cedo com o estudante e cuide para que ele não perca a hora de sair de casa.
> Ofereça carona. Acesse o site mapa.ufrgs.br e confira o endereço do local de prova do seu filho. Amanhã, um dia antes da prova, vá até lá para conhecer o lugar. Verifique onde é possível parar o carro nas redondezas e busque rotas alternativas, caso encontre engarrafamentos.
> Separe e deixe em local visível os documentos, as canetas, o lápis e a borracha.
> Caso ele vá de ônibus até o local, deixe também dinheiro para as passagens. Recomende que ele deixe o celular em casa.
> Na volta, combine um horário e um local para encontrar seu filho — afinal, ele não deve levar o celular para a prova.
No local de prova
> Não fique na escola aguardando seu filho acabar a prova.
> É importante que os familiares sigam suas vidas normalmente, afinal, o vestibular é apenas mais um dos desafios que vão surgir. Quem tiver de trabalhar não precisa tirar o dia de folga.
> Sua presença do lado de fora pode deixar seu filho sem paciência para conferir todas as respostas com a devida calma. Mesmo inconscientemente, ele pode se apressar, pois há alguém lá fora, esperando por ele, sem fazer nada.
Respeite seu filho
> Não obrigue seu filho a estudar as matérias do dia seguinte. Se ele optar por isso, deixe-o à vontade. Porém, se ele achar que sequer deve ir ao pré-prova do cursinho e passar a tarde descansando, não cobre mais dedicação, empenho ou seriedade. Cabe a ele encontrar a melhor forma de aguardar a prova seguinte.
Espere a tarde de quarta-feira
> O momento para fazer um balanço da participação do seu filho no vestibular e "acertar as contas" com ele sobre o que poderia ter sido feito de modo diferente só vai chegar na tarde de quarta-feira, dia da última prova.
Evite a correção das provas
> A UFRGS divulgará os gabaritos todos os dias, às 17h. Ignore-os. Ficar calculando o número de acertos desde o início pode gerar frustrações antecipadas e desnecessárias. Durante a correção, é comum os vestibulandos se martirizarem, lamentando não terem acertado uma questão de um conteúdo que dominavam ou terem caído em um "pega ratão". Isso só desvia o foco do dia seguinte.
> Conseguir convencer seu filho a não corrigir as provas é o primeiro passo. Depois disso, você terá de controlar seus próprios impulsos para não conferir o número de acertos. Seja honesto com ele.
Esteja disponível
> Depois do primeiro dia, é natural que alguns vestibulandos fiquem nervosos e inseguros com seu desempenho. Seja compreensivo e mostre-se disponível e interessado caso ele queira dividir algum problema.
Não seja palpiteiro
> No transcorrer do ano letivo, seu filho já ouviu todo tipo de palpite. Agora, não é a hora de buzinar nos ouvidos dele todas as estratégias que podem ter ajudado você a ser aprovado no vestibular. Aceite que aquilo que você fez, na sua época, pode não funcionar hoje.
Se meu filho passar
> É um momento de celebrar. Mas lembre-se de não transformar o fato num acontecimento maior do que ele realmente é. Ele merece uma faixa e talvez até um brinde com a família, mas o vestibular não é o fim e não será o maior desafio da vida do seu filho.
Se meu filho não passar
> O ano foi cansativo. Por isso, mantenha os planos para as férias. Deixe seu filho descansar e viajar. É importante que ele se reintegre à vida social de que abriu mão em 2012.
> A reprovação pode resultar num sentimento de luto, em razão das expectativas frustradas. Talvez seu filho demore um pouco mais de tempo para recuperar o ânimo em comparação ao filho do vizinho.
> Ajudá-lo a replanejar o restante do ano, auxiliando-o a procurar alternativas e a compreender o que precisa ser mudado.
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