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Enem  | 03/01/2013 16h56min

Uma em cada cinco redações do Enem passou pela avaliação do terceiro corretor

Ontem, estudante do Rio de Janeiro conseguiu ordem da Justiça Federal para ter acesso à prova e pedir revisão da nota

Uma em cada cinco redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram corrigidas por três avaliadores — 826.798 textos, que representam 20,1% do total de redações corrigidas. O balanço foi divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela aplicação das provas.

A redação é levada a um terceiro corretor quando a diferença entre as notas dadas pelo primeiro e o segundo avaliadores é superior a 200 pontos. Cerca de 100 mil provas, 2,43% do total, ainda foram enviadas à banca examinadora, que é acionada quando a diferença de notas se mantém após a correção pelo terceiro avaliador.

No total, o Inep corrigiu 4.113.558 redações. Segundo o instituto, 1,82% estavam em branco e 1,76% ficaram com nota zero, pois apresentavam texto insuficiente ou cópia do texto motivador, por exemplo.

Segundo o Inep, os números estão dentro das expectativas previstas nas simulações feitas pelo Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe/UnB), que elabora o exame, e pela comissão de especialistas do instituto.

A nota da redação do Enem é composta por cinco quesitos, de pontuação máxima de 200 pontos cada um, levando a uma nota máxima de 1.000 pontos.

Enem na Justiça

Ontem, uma estudante do Rio de Janeiro conseguiu uma ordem da Justiça Federal para ter acesso à sua prova de redação no Enem e pedir revisão, se considerar a nota injusta. Essa seria a primeira decisão judicial no País garantindo vista e revisão da prova a estudante que se submeteu ao último Enem.

A ordem emitida pelo juiz federal Marcel Correa determina que o Inep permita à estudante que veja sua redação em até 48 horas a partir do momento em que for notificado. Ao ter acesso à prova, a estudante vai ter 24 horas para pedir revisão, que será feita pelo próprio Inep. Por enquanto, a estudante não quer se identificar, segundo sua advogada, Isadora Girão.

— O Inep permite que os estudantes vejam a prova, mas apenas em fevereiro. Só que o Sisu (Sistema de Seleção Unificada, por meio do qual as universidades públicas oferecem vagas a quem fez o Enem) aceita inscrições somente de 7 a 11 de janeiro. Então, se minha cliente considera a nota injusta e precisa se inscrever até 11 de janeiro, como vai esperar até fevereiro para ver a prova? — questiona a advogada.

AGÊNCIA BRASIL

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