Educação Básica | 22/12/2012 08h04min
O clima é de preocupação na casa do técnico em manutenção José Silvério Beber, 47 anos. O filho, Osvaldo Felipe Beber, 9 anos, passou para o quarto ano da Escola Estadual de Educação Básica São José, no bairro Rio Branco, em Guaramirim, mas teme que o menino seja prejudicado no ano letivo de 2013, já que a instituição foi parcialmente interditada pela Vigilância Sanitária na quarta-feira, por causa de problemas estruturais.
A medida atinge a área antiga da escola, construída há 21 anos, que inclui quatro salas de aula, secretaria, cozinha, lavanderia e sala dos professores. Entre os problemas constatados pelo órgão estão o forro com cupins e a fiação exposta. Além disso, a instituição utiliza água de poço que não é tratada com cloro.
— Não sabia que a escola tinha todos esses problemas. Mas espero que a reforma comece e termine dentro do previsto e não atrase as aulas. Nenhum pai quer que o filho fique tempo demais fora da escola — comenta José.
A fiscal da Vigilância Sanitária em Guaramirim, Ana Maria Rodrigues, avalia que a estrutura oferece risco para alunos e professores. Ela acredita que se as obras começarem durante as férias, é possível terminá-las antes de os alunos voltarem em 14 de fevereiro.
— A parte antiga só será desinterditada depois de receber as melhorias — garante.
A São José atende cerca de 350 alunos do segundo ao oitavo ano. O diretor da escola, José Carlos Gesser, afirma que o prédio antigo, entregue em 1991, passou por pequenas melhorias nos últimos dez anos, mas nunca recebeu uma reforma completa. Já a parte mais nova é de 2002.
Para evitar que o ano letivo seja prejudicado, uma das alternativas avaliadas pela direção e a SDR é a criação de um turno intermediário enquanto as obras não terminarem. Procurado pela reportagem, o presidente da Associação de Pais e Professores (APP) da escola, Oscar Valcanaia, preferiu não se manifestar sobre o assunto.
SDR garante reforma em 2013
O gerente de infraestrutura da SDR, Otoniel da Silva, afirma que um projeto de reforma, orçado em R$ 200 mil, foi concluído e licitado em julho de 2011, mas foi incluído somente no orçamento de 2013 por causa da queda de arrecadação do Estado este ano.
Silva afirma que a reforma é uma das prioridades da região para o próximo ano, mas não garante os trabalhos a partir de janeiro porque o pagamento para a construtora será liberado apenas em março. A previsão é que a obra demore cerca de 30 dias. Entre as melhorias previstas está a reforma do telhado, do forro e da parte elétrica, além da colocação de azulejo e piso na cozinha.
Em relação à falta de tratamento de água, Silva informou que nesta sexta-feira ainda não havia visto o laudo emitido pela Vigilância Sanitária para avaliar qual melhoria deve ser realizada.
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