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A Educação Precisa de Respostas  | 21/11/2012 06h43min

Aluno de Jaraguá fica quem 4º lugar em Olimpíada do Conhecimento

Competição, que aconteceu em São Paulo, reuniu professores, estudantes e ex-alunos do Senai de todo o país

Daiane Zanghelini  |  daiane.vieira@an.com.br

Ficar em quarto lugar numa competição nacional não é para qualquer um. Exige horas de treinamento, conhecimento técnico e, principalmente, muita transpiração. Foi assim que o ex-aluno do Senai de Jaraguá do Sul Guilherme Souza Eing, 19 anos, conseguiu ficar entre os primeiros colocados na Olimpíada do Conhecimento, considerado o maior evento de educação profissional da América Latina.

A competição, que aconteceu em São Paulo entre os dias 12 e 18, reuniu professores, estudantes e ex-alunos do Senai de todo o país. Guilherme representou Santa Catarina na modalidade de tornearia mecânica, que tinha mais 17 competidores de outros Estados. Ele se classificou para a etapa nacional depois de ficar em primeiro lugar na estadual, no final do ano passado.

As vitórias não aconteceram por acaso: Guilherme já vinha se preparando para a competição desde 2010, quando terminou o curso técnico em mecânica. Desde lá, conciliava o trabalho numa empresa de usinagem do bairro Ilha da Figueira com uma rotina de pelo menos duas horas diárias de estudo.

Na competição em São Paulo, Guilherme passou por uma prova teórica e quatro testes práticos, que duravam de quatro a seis horas. Nas provas práticas, os alunos deveriam moldar peças de metal em um torno conforme os desenhos que recebiam.

Os estudantes que produzissem as peças com medidas mais semelhantes às previstas no projeto ganhavam pontuação maior. Antes da competição, os participantes receberam do Senai 16 projetos para estudar e se preparar, e na hora foram sorteados quatro.

— As peças eram bastante complexas. Como são muitos detalhes, ninguém conseguia terminar muito tempo antes — conta o jovem.

O coordenador do curso de metal mecânica do Senai de Jaraguá do Sul, Roberto Carlos Daniel, elogiou o conhecimento técnico e a força de vontade do jovem.

— A maioria dos competidores da olimpíada são alunos que se dedicam apenas aos estudos. A situação do Guilherme era diferente, ele só tinha tempo de estudar depois do trabalho. O treinamento foi bastante puxado e o resultado mostra que ele terá um grande futuro na carreira — avalia.

Apaixonado por usinagem desde os nove anos - ele tem dois tios que atuam na área - Guilherme planejava participar da competição desde 2009, quando ainda fazia o curso técnico, mas preferiu esperar para adquirir mais experiência. A boa classificação é um estímulo a mais para o torneiro mecânico seguir na profissão.

— Para mim, só o fato de participar da olimpíada já era uma vitória. Conseguir o quarto lugar na modalidade, então, é como uma medalha.

A NOTÍCIA
Piero Ragazzi / Agencia RBS

Guilherme Souza Eing
Foto:  Piero Ragazzi  /  Agencia RBS


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