| 15/11/2012 06h26min
A base de videomonitoramento da Polícia Militar no bairro Barreiros, em São José, Grande Florianópolis, foi alvejada com pelo menos três tiros na noite desta quarta-feira, terceiro dia de ataques em Santa Catarina. Por pouco ninguém se feriu.
_Copom, prioridade no setor Charles. Base alvejada_disse o único policial militar, às 23h15min, na base localizada dentro do estacionamento do Shopping Itaguaçu, região movimentada da cidade.
Confira o vídeo que mostra o momento dos disparos
O PM estava ao lado de um guarda municipal quando dois homens em uma moto passaram atirando contra a casa de alvenaria, onde fica a base vinculada ao 7º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
Os dois se jogaram no chão no primeiro disparo. Um tiro estraçalhou a porta de vidro da frente e se alojou na película que cobre o vidro da sala onde ficam os profissionais da segurança e os equipamentos. Foi graças a película que a bala não atingiu o PM, sentado bem na direção do tiro.
Outra bala acertou a janela e outra o teto. A bala alojada na película foi retirada por peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP). Pelo impacto do tiro, a arma usada pode ter sido uma pistola.
Imagens mostram que a moto entrou na rua da base, a Gerôncio Thieves, pela BR-101, se posicionou atrás de um ônibus, fez os disparos e partiu em direção à comunidade Chico Mendes, cerca de um quilômetro da base.
_O que revolta o policial não é o salário, é a lei que não vale. A gente prende o criminoso e a Justiça solta. Será que tem que atirar na casa de um juiz ou de um promotor para mudar essa lei? É ataque contra viatura, base, carro da PM, ameaças contra nós. É brincadeira o que está acontecendo_desabafou um dos policiais que foram prestar solidariedade ao PM atacado.
O sentimento resume o de outros policiais militares e civis que a reportagem encontrou durante a ronda na madrugada. A Polícia Rodoviária Federal também esteve no local apoiando.
Um dos policiais disse que informações apontam que determinados ataques tem sido praticados por pessoas que desejam integrar a organização criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) como rito de entrada na facção.
O PM que foi salvo graças a película continuou no seu plantão. Sozinho, assustado, varrendo os cacos de vidro da porta estilhaçada pelo tiro criminoso. Uma cena triste de ver.
_Agora é eu e Deus. Fazer o que?_.
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