Ensino Superior | 08/11/2012 09h05min
O sistema de cotas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que seguirá normas do governo federal, foi discutido na manhã de quarta-feira, em reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Federal. A decisão sobre o lançamento de um novo edital, que valerá já para o vestibular deste ano, de 7 a 9 de dezembro, foi adiada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), que apresentou nova proposta. Por isso, a decisão só será tomada em reunião extraordinária do Cepe sexta-feira, às 8h30min, no prédio da Reitoria.
Para se adequar à Lei das Cotas, a UFSM terá de redistribuir seus percentuais. O governo federal prevê que, até 2016, metade do total de vagas em universidades e institutos federais seja de alunos que frequentaram todo o Ensino Médio em escola pública. Também há mudanças conforme a renda familiar do candidato.
A intenção da UFSM é que o número atual de vagas destinadas a cotistas não seja alterado. A proposta apresentada é de 61% de vagas pelo sistema universal (não cotistas), 5% para pessoas com necessidades especiais e 34% para cotistas, 21,5% a mais do que o mínimo exigido pela lei, para ingresso em 2013, que é de 12,5%. Também estão previstas quatro vagas a mais para os indígenas.
A reserva para negros e pardos considera dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) conforme o Estado. No Rio Grande do Sul, o equivalente é 16,14% – na UFSM, 14% das vagas em cada curso são reservadas para afro-brasileiros negros. A fim de não alterar os números já existentes, a UFSM manterá os 39% já previstos – 34% para cotistas e 5% para pessoas com necessidades especiais. Também são ofertadas vagas adicionais para indígenas, que atualmente são 10 e, pela nova proposta da UFSM, passariam a ser 14.
Mudanças no edital terão consequências neste vestibular
Conforme o reitor da UFSM, Felipe Müller, a intenção é causar o menor prejuízo possível aos inscritos no vestibular deste ano:
– Não está em jogo aumentar o número de cotas para este vestibular. Para os próximos anos, teremos novas discussões.
O DCE não concorda
– Não queremos que a universidade simplesmente mantenha o número de cotistas. Queremos aprovação de 50% de vagas (por cotas) para que possamos avançar nessa discussão – diz a coordenadora geral do DCE, Adrielle Manjabosco.
Se um novo edital for aprovado – e isso deve acontecer –, os cotistas já inscritos no vestibular deste ano terão 10 dias para fazer a reopção de cotas. O novo edital pode ficar pronto já amanhã. Não serão aceitas novas inscrições nem troca de curso. Se o vestibulando não fizer a sua reopção de cotas, concorrerá automaticamente pelo sistema universal (não cotistas). Assim, mudaria a relação candidato/vaga. A previsão é que uma nova relação seja divulgada entre o término do período de reopção e o começo das provas. Outra consequência é a divulgação dos aprovados no concurso e as matrículas, que poderão atrasar.
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