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Ensino Superior  | 01/11/2012 18h08min

I COBRE estimula trabalhos que aliam diferentes áreas do conhecimento

Competição de robótica faz parte da II Mostra Científica da IFRS — Campus Restinga

Placas, chassis, sensores infravemelhos, resistores e leds são apenas alguns dos elementos que compõe os robôs que chamaram a atenção dos estudantes que estão no Instituto Federal, no bairro Restinga. A primeira edição da Competição Brasileira de Robótica Educacional (I Cobre) reúne na tarde de hoje pofessores e alunos que vão muito além das tradicionais aulas com giz e um quadro negro.

Durante a disputa, os alunos dos cinco grupos que participam da comptecição irão colocar seu conhecimento à prova. O objetivo da competição é fazer uma luta de sumô entre robôs. Vence quem conseguir empurrar o advsersário para fora da arena. Mais do que competir, porém, os estudantes que vieram de diferentes regiões do Brasil querem mostrar que podem ir muito além do que é ensinado dentro de sala de aula.

—Participo há sete meses com esse projetos de robótica, e estou gostando bastante. Está ajudando a melhorar o meu rendimento, porque trabalhar de maneira prática é muito mais estimulante. O bom dessa pesquisa é que os professores nos fazem pensar, e não vêm com respostas prontas — afima Jefferson Miranda, estudante do quarto semestre de Ciência da Computação, com ênfase em Analise e Desenvolvimento de Sistemas.

Jefferson, um colega e dois professores percorreram os mais de três mil quilômetros que separam o IFBaiano de Porto Alegre para se juntar aos outros quatro grupos que competem nesta tarde. Os outros envolvidos do projeto vieram dos institutos federais do Rio Grande do Sul, Goiás, além de acadêmicos da UFRGS.

Um dos atrativos do projeto, e que mais chama a atenção dos participantes, é desenvolver tecnologia própria. Dentre as maiores entraves à popularização da robótica na educação, está o seu preço. Como a maioria dos componentes vem de fora do país, o custo de iniciar e manter projetos na área é alto. O problema se agrava em instituições públicas, que adquirem seus produtos através de licitações muitas vezes demoradas.

—A nossa meta é desenvolver um kit de robótica com componentes produzidos aqui no Brasil. Devemos finalizar essa tarefa até o fim deste ano, para a partir de 2013 ampliar seu uso para todos os institutos federais do país— afirma o Roben Castagna Lunardi, coordenador da mostra.

Boa parte dos componentes utilizados pelas equipes são importados dos EUA. O custo médio de cada kit varia entre R$ 500 até mais de R$ 2 mil. Com o alternativa nacional, estima-se que o custo não ultrapasse os R$ 200.

Além de desenvolver o conhecimento em ciência da computação e robótica, o trabalho desenvolvido pelos grupos vai além. Diferentes disciplinas, inclusive a matemática (ver quadro), são trabalhadas ao longo da pesquisa. Mesmo sendo um projeto paralelo, há reflexos no rendimento em sala de aula.

—Normalmente se vê uma melhora, um amadurecimento, mas isso não é certo. É preciso que eles se esforcem— finaliza o professor.

Conheça algumas aplicações da robótica em diferentes disciplinas

Matemática

Regra de três: sabendo a distância entre dois pontos, um robô pode calcular qual a velocidade necessária para chegar em determinado local.

Circunferência: função didática. Pode-se pintar uma linha em um ponto da roda de um robô e fazer o equipamento andar. A partir do momento em que a roda pintar o chão pela segunda vez, o aluno irá saber qual o perímetro (extensão total) do objeto.

Funções de segundo grau: utilizadas para determinar ações do robô. Em uma função de segundo grau (uma parábola), pode ser aplicada em sensores de gás. Ao definir dois pontos, ele pode disparar um alerta, como um aviso sonoro. No caso da competição, as máquinas usam determinados pontos para desviar de outros objetos.

Matrizes: pode ser utilizada para o robô mapear um local, assim como em displays, quando as matrizes determinam a localização e as cores dos pixels (pontos indivisíveis) responsáveis pela resolução de imagem.

Física

Aceleração: pode-se detectar a diferença de velocidade de robôs para que os aparelhos tomem determinadas atitudes quando enconstam em outra máquina. O valor pode variar de acordo com a intensidade dos choques.

Velocidade: o uso de detectores de ondas infravermelhas pode ser utilizado para se calcular a velocidade da luz, através da comparação do tempo que a luz emitida pelo robô leva para voltar até o objeto, a partir de uma distância determinada.

Química

Estudo de gases: robôs podem ser dotados de medidores de CO (monóxido de carbono), para medir a presença do elemento em áreas para fumantes, ou no centro de uma cidade.


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