Enem | 30/10/2012 12h39min
A prova de ciências humanas e suas tecnologias não exige do candidato ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) um conhecimento de conteúdos específicos. Professora de história e sociologia no Colégio Farroupilha, em Porto Alegre, Cida Almeida comenta que a prova é relacional. Ou seja, feita para estabelecer um diálogo entre a disciplinas de história, geografia, sociologia e filosofia.
Um caminho importante para o estudante conseguir relacionar diversos assuntos é manter-se atualizado e atento aos temas discutidos em jornais e revistas.
— O Exame quer saber se o aluno está dando conta de compreender uma diversidade de temas e o que esses temas tem a ver com o cotidiano dele — esclarece a professora.
Abaixo, confira mais dicas para a prova:
Atualidades
Como grande parte das provas de vestibular, o Enem também exige que o candidato saiba o que anda acontecendo mundo afora. A Primavera Árabe, os conflitos na Síria, a crise na zona do Euro e as discussões sobre desenvolvimento sustentável são alguns dos temas que a professora Cida acredita que podem aparecer na prova.
É claro que o ideal seria que o aluno viesse acompanhando as notícias ao longo do ano todo. Porém, vale a tentativa de relembrar que fatos marcaram o final de 2011 e o primeiro semestre deste ano. O mais importante é ter em mente que a prova é feita para testar a capacidade de interpretar o que ocorre no mundo e aproximar os acontecimentos das disciplinas.
Leia até o final
Passar os olhos pelas questões, espiar a foto ou a charge e correr para as alternativas pode ser uma grande furada no Enem. Os textos são longos e cansativos, mas devem ser lidos com calma e atenção. Por quê? Pois grande parte das questões traz a resposta no próprio enunciado. É lógico que é preciso cuidar o tempo, mas a leitura atenta e a interpretação devem ser o diferencial para acertar as questões da área das humanas.
— Muitas vezes o texto do enunciado traz a resposta da questão. Leia com atenção — recomenda a Cida.
Sem medo da sociologia e da filosofia
Questões relacionadas à cultura, gênero, classe, movimentos sociais e polêmicas da atualidade podem ser cobradas a partir de uma reflexão da realidade. Isso se encaixa nas disciplinas de sociologia e filosofia, mas não deve colocar medo nos candidatos:
— Dificilmente o aluno vai encontrar uma questão que cobra pensamentos de Karl Marx ou de Platão, por exemplo, porque isso foge da estrutura da prova — comenta Cida.
Mais importante do que decorar o pensamento de alguns autores, os estudantes devem saber relacionar essas ideias com a contemporaneidade. Além disso, o exame costuma abordar temas próximos do cotidiano dos jovens.
Amanhã: aprenda a intercalar descanso e estudo para diminuir o ritmo na reta final.
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