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Acessibilidade  | 23/10/2012 12h32min

Visão pode ser fator determinante no rendimento escolar

Estudo aponta que crianças com problemas de visão, como miopia e astigmatismo, teriam 18% mais chances de serem reprovadas

Ângela Ravazzolo e Júlia Antunes

Um estudo realizado com crianças chinesas comprovou que, muitas vezes, as soluções para a educação podem começar a partir de medidas relativamente simples. O americano Paul Glewwe, da Universidade de Minnesota (EUA), mostrou ontem, em São Paulo, como a correção de um problema de visão pode mudar a vida de um estudante, aumentando o desempenho escolar e evitando um possível fracasso.

Glewwe apresentou a pesquisa na abertura do 9º Seminário Itaú Internacional de Avaliação Econômica de Projetos Sociais, promovido pela Fundação Itaú Social.

Ao quantificar e avaliar os estudantes que receberam óculos, os pesquisadores concluíram que resolver esse tipo de dificuldade significa um incremento de pelo menos um terço a mais de aprendizado, podendo alcançar até meio ano a mais de escolaridade. Aquelas crianças que não corrigem problemas como miopia, hipermetropia ou astigmatismo teriam 18% mais chance de serem reprovadas, de acordo com um estudo anterior.

O outro convidado internacional do evento, Miguel Székely, do Instituto Tecnológico de Monterrey, no México, defendeu a importância de conhecer esses resultados para a aplicação adequada de recursos na área educacional:

– A importância da pesquisa de Glewwe não é apenas comprovar a necessidade dos óculos, mas mostrar que muitas vezes é mais interessante investir em óculos do que em tablets.

Resultado do Enem tem maior impacto nas escolas privadas

Ainda ontem, um estudo mostrou que a divulgação dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem impacto maior nas escolas particulares, do que nas públicas. A pesquisa foi realizada por um grupo de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O pesquisador da FGV, Vladimir Ponczek, acredita que instituições particulares respondem mais aos resultados do Enem, devido à pressão de mercado:

– Se uma escola pública for mal avaliada no Enem, o diretor e o professor não serão demitidos. Em uma escola particular, o desempenho ruim pode levar à demissão do professor, por exemplo – observar o pesquisador.

Outros efeitos dos resultados do Enem são vistos entre os alunos das escolas que tiveram desempenho ruim, que correm atrás de cursinhos para irem melhor na próxima prova. Para ele, a qualidade da instituição faz com que o estudante não se esforce, por confiar que a escola vai garantir o bom resultado.

*Ângela Ravazzolo e Júlia Antunes viajaram a convite da Fundação Itaú Social

angela.ravazzolo@zerohora.com.br

julia.antunes@diario.com.br

São Paulo
Bruno Namorato / Divulgação

Pesquisa de Paul Glewwe foi apresentada segunda-feira, em São Paulo
Foto:  Bruno Namorato  /  Divulgação


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