Ensino Superior | 17/10/2012 12h46min
Os números da educação brasileira, nos últimos anos, têm apontado avanços tanto nas escolas quanto nas universidades. O país está entre as nações que mais evoluíram no Pisa, um dos mais importantes programas de avaliação, e o número de crianças que frequentam a escola também explodiu. São avanços quantitativos importantes e que devem ser comemorados, ainda que não resolvam todas as dificuldades qualitativas e de aprendizado.
Os números divulgados ontem no Censo da Educação Superior confirmam esse crescimento, mas, ao mesmo tempo, escancaram uma tendência perigosa e já conhecida entre os especialistas: a escassa procura por cursos de formação de professores. O minúsculo crescimento nas matrículas de licenciatura (0,1%), que fica ainda mais assustador quando comparado aos bacharelados e aos tecnológicos, deve ser entendido como um alerta que exige uma estratégia pública.
Enquanto a carreira de professor não for disputada por muitos e melhores alunos, como ocorre naqueles países onde a educação tem padrão de alto nível, o Brasil vai enfrentar esse dilema: quem vai educar esse universo de crianças e jovens que não para de crescer nos gráficos e nas estatísticas?
Mesmo tendo avançado no Pisa, índices comprovam que Brasil ainda tem muito a evoluir na educação superior
Foto:
Fernando Gomes
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Agencia RBS
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