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Editorial  | 05/10/2012 06h09min

Família de Florianópolis conta como participa da vida escolar dos filhos

Ir ao colégio, ajudar nas tarefas de casa e incentivar aos estudos são algumas das medidas

Júlia Antunes Lorenço  |  julia.antunes@diario.com.br

Garantir à criança o direito à educação é lei, mas matricular o filho na escola não significa que os responsáveis cumpriram seu dever de educar. O papel dos pais na vida escolar é muito mais amplo. Passa por acompanhar nas tarefas de casa, estimular que o filho goste de estudar e de ler, e demonstrar preocupação em saber como ele vai no colégio.

Os responsáveis também devem participar da escola, que não pode ser visitada apenas no dia da entrega do boletim. Ir a palestras, apresentações e outras reuniões também é importante.

Um estudo feito pelo Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e Centro de Políticas Sociais da FGV mostrou que quando os pais ajudam na lição de casa, reservam um lugar para os estudos e participam da vida escolar dos filhos as notas na escola aumentam em 15%. Pais participativos ainda reduzem em 64% o risco de evasão escolar.

Mesmo na correria de cada dia, Andrea e Sandro Pires, moradores de Florianópolis, encontram um tempo para sentar com os filhos Guilherme, 8 anos, e Sofia, 2 anos, para ajudá-los nas tarefas da escola, ler um livro e conversar sobre o colégio. 

— Não adianta a gente achar que educar é só função da escola. Há famílias que acham que porque estão pagando, a escola resolve tudo e pronto. Tiram responsabilidade de si. Os filhos aprendem no colégio, mas o momento de estudar e acompanhar é em casa, onde eles amadurecem o que aprenderam — ressalta Andrea.

O acompanhamento dela e de Sandro passa por algumas atitudes. Os deveres de casa precisam ser feitos num lugar sem televisão ou barulho, para que Guilherme se concentre. Ajudar o garoto nas tarefas não é resolver os problemas por ele. Andrea tira dúvidas e procura saber onde o filho tem dificuldades. 

— Quando ele me pergunta: mãe o que é isso? No lugar de eu responder, vamos juntos ao dicionário —  relata.

Andrea dedica pelo menos uma hora do seu dia para isso. Mas observa que o mais importante não é quantidade de tempo, e sim a qualidade. O momento de estar com o filho nos deveres deve ser somente voltado a isso, sem desviar atenção com outras coisas.

A mãe revela uma dica que aprendeu com o colégio de Guilherme. Em vez de perguntar ao menino como foi a escola, e ter de resposta um simples legal, ela pergunta o que o filho tem para ensinar a ela.

Andrea e Sandro também vão à escola com frequência, participam de reuniões, palestras e tiram dúvidas. Os dois ainda estimulam Guilherme e Sofia a lerem. Com dois anos, a menina demonstra intimidade com os livros. Guilherme tem mais e devora coleções inteiras e lê para a irmã. Os pais vão bastante às livrarias, acompanhados dos filhos, que têm liberdade para escolher a obra que preferirem, dentro da faixa etária permitida.

— Desde quando eram bebês, a gente estimula, tanto ela, quanto ele, a ter gosto por aprender, por estudar. Esse nosso trabalho com Guilherme, tem retorno muito positivo. O importante não é tirar 10, mas ele não tem uma nota abaixo de 9. Ele está no terceiro ano (do fundamental), e é só elogios, desde o começo — finaliza.

Dica!
— Perguntar ao filho, quando ele volta do colégio, o que ele tem para ensinar hoje 
— Quando o filho questionar o que é algo, em vez de responder ir os dois ao dicionário

DIÁRIO CATARINENSE
Charles Guerra / Agencia RBS

Andrea e Sandro Pires acompanham os filhos nas tarefas, vão à escola e incentivam os dois a lerem
Foto:  Charles Guerra  /  Agencia RBS


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