O Diário Catarinense procurou a Gerência Regional de Educação da Secretaria de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis (SDR) para questionar sobre as soluções para a segurança na Escola Estadual Rosa Torres de Miranda. O diretor geral da SDR, Flávio Bernardes, falou, por telefone, sobre o caso da suposta agressão.

DC _ Quais foram as medidas que o governo adotou para evitar esse tipo de agressão no colégio?
Bernardes _ Esse foi um caso pontual, um acidente de percurso. A diretora nos comunicou e imediatamente a Gerência de Educação da SDR encaminhou seus técnicos. A análise do que aconteceu e a decisão do que fazer tem que partir da gestão da própria unidade de ensino, que está capacitada para atuar nesse tipo de situação. Se vão resolver, é uma outra questão. E resolver o quê? Acabar com a violência na escola, no Estado, no país? Não vamos colocar um guarda lá dentro porque uma mãe machucou uma outra professora por causa de briga de aluno, é imprudente agir desta forma.

DC _ Conforme os servidores da escola, a professora teria sido ameaçada. Será oferecida alguma medida protetiva a ela?
Bernardes _ Não tenho a informação de que a professora teria sido ameaçada. É um caso pontual por causa de briga de aluno, que elas acabaram se machucando dentro da escola. Não entendo isso como ameaça. Agora a questão é pedagógica, com encontros e seminários; não é policiamento.

DC _ Os professores queriam que o aluno fosse transferido de colégio, mas a família não aceitou. O que a Gerência Regional de Educação fará?
Bernardes _ Nenhuma escola pode transferir o aluno em uma situação dessas. O estudante continua na unidade de ensino sim e só não fica lá se ele não quiser.

DC _ Esse tipo de ocorrência gera sensação de violência para os professores? Esses casos podem assustar quem está ingressando na profissão?
Bernardes _ A profissão do professor não é uma decisão do dia para noite, o interessado sabe que não vai receber bem, por exemplo. Tem seus desafios. É preciso vocação.