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Ensino Médio  | 15/09/2012 15h48min

Pesquisa mostra que 49,87% dos professores têm propensão a desenvolver transtornos psíquicos

Estudo realizado pelo Cpers/Sindicato indica que tensão causada por problemas no trabalho fragiliza a saúde da categoria

Marcelo Gonzatto  |  marcelo.gonzatto@zerohora.com.br

Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Cpers/Sindicato) revela que quase metade dos professores e funcionários de escolas estaduais gaúchas enfrenta sintomas típicos de transtornos mentais, como insônia e dores de cabeça frequentes. Entre as principais queixas dos profissionais, estão o nervosismo e a sensação de tristeza.

Divulgado ontem, o levantamento foi realizado com o apoio do Laboratório de Psicodinâmica do Trabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e ouviu 3.166 professores e funcionários de colégios em todas as regiões do Estado. Eles responderam a um questionário que segue padrões estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para identificar transtornos mentais.

Quando o entrevistado admite sofrer pelo menos sete sintomas em uma lista de 20, significa que pode apresentar problemas como depressão ou síndrome do pânico, por exemplo. Os resultados indicam que 49,87% da categoria apresenta um acúmulo de queixas que pode estar relacionado a transtornos psíquicos mais graves.

– Esse número chama a atenção porque retrata muito sofrimento entre a categoria, com ou sem a presença de uma doença mental. Já é o suficiente para comprometer a qualidade de vida e a qualidade do ensino – avalia a psicóloga Daniela Müller, uma das responsáveis pelo trabalho.

Secretário diz que problema atinge todas as profissões

A queixa mais comum, que atinge 72,5% dos entrevistados, é a sensação constante de nervosismo, tensão ou preocupação. Na avaliação da presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira, os números refletem a falta de condições de trabalho:

– Isto ocorre pela falta de apoio, estrutura e pelo salário miserável.

O secretário estadual da Educação Jose Clovis de Azevedo, diz que o governo está tentando resolver a situação:

– Uma das formas é investir em formação permanente, além de reformar as escolas, para termos um ambiente que dignifique as pessoas lá dentro.

O secretário argumenta, porém, que boa parte dos sintomas relatados pelos educadores são também experimentados pelo restante da população.

– A pesquisa trata de questões que são queixas muito comuns para pessoas de qualquer profissão – diz ele.

Tadeu Vilani / Agencia RBS

Mais de 40% dos professores e funcionários entrevistados encontram dificuldade para realizar com satisfação suas atividades diárias
Foto:  Tadeu Vilani  /  Agencia RBS


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