Um computador, 120 quilos de carne, portas arrombadas e grades e janelas quebradas. Este é o cenário de perdas da Escola Básica Júlia Lopes de Almeida, em Blumenau, em apenas um semana. Com a ação de vândalos e assaltantes, a unidade estadual de ensino calcula um prejuízo que pode chegar a R$ 7 mil. Nem mesmo as câmeras de segurança foram suficientes para inibir os ladrões, flagrados pelo monitoramento nos três casos. Enquanto a Polícia Civil atribui as ações aos usuários de drogas, a Gerência de Educação da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Blumenau promete buscar alternativas para aumentar a segurança na escola.

Na terça-feira da semana passada, no primeiro furto, um homem invadiu a escola depois de arrebentar correntes e trincos das portas e saiu carregando alimentos que estavam na geladeira. Sábado passado, dois homens levaram 120 quilos de carne que seriam usados na merenda dos estudantes. Na última ocorrência, terça-feira à noite, um dos computadores da sala de informática foi levado. Os materiais furtados devem ser pagos pela empresa de segurança responsável, mas o que foi danificado ou quebrado entra na conta da escola.

— Para uma escola pequena como a nossa e com pouca arrecadação, o prejuízo que vamos ter é muito grande — lamentou o diretor Adijanes Zimmermann.

Além do reflexo nas finanças da unidade, furtos e atos de vandalismo refletem nos professores e alunos. Quarta-feira pela manhã, com a constatação do furto do computador, o abatimento era visível, segundo Zimmermann.

Nas escolas municipais, em 2012, das 124 unidades de educação, 16 foram alvo de pelo menos uma ação de assaltantes ou vândalos. Já na rede estadual, a gerência informou que, nos últimos quatro meses, três escolas registraram ocorrências deste tipo.

A solução, para os responsáveis pela rede pública de ensino, é o envolvimento da comunidade no ambiente escolar, como destaca o secretário municipal de Educação, Osmar Matiola.

— Se fizermos isso, as próprias pessoas vão controlar e evitar situações de furtos e arrombamentos — afirmou.

Da mesma forma, é o que pretende fazer o diretor da Escola Júlia Lopes de Almeida. Zimmerman disse que irá procurar moradores e empresas das proximidades para que se mobilizem no controle aos danos na unidade.

— Uma alternativa seria mais viaturas da polícia circulando perto das escolas — opinou Maria Isabel Porto Paes Schulz, gerente de Educação da SDR de Blumenau.

>> Confira a matéria completa na edição impressa do Santa desta quinta-feira.