| 11/09/2012 10h10min
Pais de alunos que frequentam o ensino médio integral da Escola Estadual Celso Ramos, no bairro Bucarein, em Joinville, reclamam de problemas no cardápio do almoço. Há dez dias, o estudantes estariam comendo apenas feijão e carne moída ou feijão e atum – ou seja, sem outras opções de carboidratos importantes, como arroz e macarrão, ou saladas.
É a segunda vez que a escola passa por problemas na oferta de almoço. No começo do ano, por falta de merendeira, professores foram para a cozinha para não deixar os alunos sem comer. Um aluno fez um vídeo e publicou na internet. Na cena, depois de fazer as imagens do bufê com feijão e atum, ele questiona uma das merendeiras. Nas imagens, não fica claro se há outros alimentos.
VÍDEO: veja as imagens da merenda feitas pelo aluno.
Em uma segunda mesa, aparece um recipiente que parece ter um tipo de salada verde. Há, também, uma quarta bandeja, mas não é possível identificar o que há nela. Atualmente, a secretaria é responsável por enviar alguns alimentos e enlatados para as escolas de ensino médio integral, como arroz, feijão. As verduras e algumas carnes são compradas pela própria direção da escola com R$ 24 mil bimestrais.
Reclamação formal
Um dos pais só ficou sabendo nesta segunda-feira da falta de variedades nos alimentos. Ele recebeu uma mensagem do filho dizendo que não queria almoçar na escola porque só tinha feijão e atum. Ele foi conversar com a diretora confirmou a informação.
— A semana passada foi a mesma coisa. Soube que está há dez dias com este problema. A diretora não deu prazo para resolver — destaca.
E ainda desabafa:
— A gente não sabe o que fazer. Quem é que passa a semana com feijão e atum? — questionou.
O pai, que preferiu não se identificar, disse ainda que a direção estava liberando os estudantes para almoçar em casa e, depois, retornar para a aula. Agora, a única solução que vê será buscar o filho todos os dias, levá-lo para almoçar, e devolvê-lo novamente para a escola.
A diretora da escola, Karla Korner Abumansur, não quis comentar a reclação dos pais, nem prestar informações sobre o assunto. Questionada se sabia do problema, respondeu que sim, mas que apenas a gerência regional de educação da Secretaria de Desenvolvimento Regional poderia se manifestar sobre o assunto.
PDF: contraponto.
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