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Educação Básica  | 04/09/2012 06h08min

Especialistas tentam interpretar disparidade de rendimento entre escolas da Serra

Enquanto uma cidade de Vista Alegre do Prata obteve 8,2 nas séries iniciais no Ideb, há colégios com índices abaixo de 3

Cristiane Barcelos  |  cristiane.barcelos@pioneiro.com

Enquanto algumas cidades comemoram boas notas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do Ministério da Educação, outras ainda projetam como melhorar os índices. Um exemplo: a única escola municipal de Vista Alegre do Prata foi a campeã do Estado nas séries iniciais com nota 8,2, mas cidades vizinhas tiveram desempenho bem abaixo. Há colégios com notas menor de 3. 

Estudiosos concordam que não há causas isoladas para tantas diferenças, mas uma combinação de aspectos.

Para o sociólogo e doutor em Educação Sergio Faoro Tieppo, as escolas com bom desempenho representam objeto de estudos. A partir delas, acredita, pode ser possível identificar acertos e erros para o crescimento das demais. Tieppo acredita que a parceria entre família, comunidade e escola influencia no aprendizado, opinião compartilhada por outros profissionais.

A pesquisadora Cleodes Maria Piazza Julio Ribeiro, professora durante 40 anos, relaciona a formação ao entusiasmo do docente. Para ela, o professor bem qualificado tem estratégias para conduzir os alunos. Mas não executa a tarefa sozinho.

Na Escola Municipal de Ensino Fundamental São José, de Flores da Cunha, a participação das famílias e a integração com a internet tem ajudado: o colégio obteve nota 6,3 para os anos finais no Ideb. O índice é o segundo melhor da região, atrás das escolas municipais Santa Cruz (6,8), de Farroupilha, e Imaculada Conceição (6,5), de Guaporé, e o quinto melhor do Estado.

Os alunos leem livros e fazem uma espécie de resenha virtual na internet. A meta é ler um livro por mês. Os programas estão disponíveis gratuitamente na internet e são sugeridos pelas professoras de Português e de Informática.

— As tecnologias precisam estar incorporadas ao Português. Os alunos não têm de escrever apenas para o professor, mas para o mundo. Quando escrevem para a internet, se preocupam em ser entendidos. Precisam perceber o uso real da língua enquanto comunicação, que é o jornal, que são as redes sociais tão acessadas — teoriza a professora de Português Simone Viapiana.

Roni Rigon / 

As professoras Simone Viapiana e Vania Branchini Muraro utilizam recurso do Popplet nas aulas de português
Foto:  Roni Rigon


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