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Painel RBS  | 29/08/2012 16h23min

Grandes temas de um grande desafio

Painel RBS debateu as principais questões do ensino brasileiro

Um debate realizado ontem, em Porto Alegre, deu início a uma busca conjunta por soluções para problemas crônicos do ensino brasileiro. O evento deflagrou a nova campanha institucional do Grupo RBS, que enfoca a necessidade de melhorar a aprendizagem no país sob o slogan A Educação Precisa de Respostas. As primeiras delas começaram a ser discutidas no encontro de duas horas que contou com a participação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, de outras autoridades e de especialistas.

O Painel RBS, transmitido ao vivo por TV, rádio e internet, teve a participação de jornalistas e de representantes da sociedade civil que fizeram perguntas ao ministro, aos secretários estaduais do Rio Grande do Sul, Jose Clovis Azevedo, e de Santa Catarina, Eduardo Deschamps, à secretária municipal do Rio de Janeiro, Claudia Costin, e ao conselheiro do movimento Todos pela Educação Mozart Neves Ramos.

Ao longo dos quatro blocos do programa, que contou com a presença na plateia do governador gaúcho, Tarso Genro, foram destacados alguns dos principais entraves ao avanço da qualidade do ensino no país e possíveis caminhos para apressar a elevação dos indicadores de qualidade. As discussões, a partir de agora, serão ampliadas e aprofundadas em todos os veículos de comunicação da RBS a fim de mobilizar as sociedades gaúcha e catarinense e intensificar a procura de soluções para as mazelas do ensino nacional.

As reportagens terão como eixo seis perguntas sobre o tema, incluindo as razões para o mau desempenho em avaliações internacionais, a distorção entre idade e série e o desinteresse dos jovens pela profissão de professor.

A educação, quando se pensa no futuro, é um tema central do interesse coletivo da nossa sociedade. A RBS definiu que, a partir desta iniciativa, vai focar prioritariamente as suas ações institucionais no tema da educação. Começamos com esta bandeira, buscando respostas, com o firme propósito de criar uma mobilização das sociedades gaúcha e catarinense – sustentou o presidente do Conselho de Administração do Grupo RBS, Nelson Sirotsky.

Diante dos questionamentos dos convidados, que apresentaram suas dúvidas ao vivo de diversas cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, os participantes do painel se debruçaram sobre alguns dos principais temas da educação brasileira, como o baixo aproveitamento escolar, a necessidade de valorizar e qualificar os professores, o desafio de melhorar o processo de alfabetização e como tornar o Ensino Médio mais atrativo. O desempenho preocupante demonstrado pelo Rio Grande do Sul no mais recente Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) também foi debatido. No Ensino Médio, a média caiu de 3,9 para 3,7, abaixo da meta de 4.

— O que joga o Ideb gaúcho para baixo é a reprovação. Ela é uma derrota da escola, mas a aprovação automática não é a solução. Temos de ter um projeto de recuperação desses alunos – avaliou Mercadante.


Confira algumas falas dos convidados:

A escola é uma instituição secular, mas os professores são do século 20, são analógicos; os alunos são do século 21, são digitais. Os alunos são nativos digitais, os professores são imigrantes digitais. A tecnologia da informação vai ser vital em todos os setores da sociedade, e a escola tem de estar à frente de seu tempo.

AZOLÍZIO MERCADANTE
ministro da Educação


Precisamos ter um currículo claro. É muito difícil que uma criança aprenda se o currículo tem de ser inventado pelo seu professor em nome de uma falsa autonomia pedagógica. Nós somos um único país, deveríamos ter um único currículo.

CLÁUDIA COSTIN
Secretária municipal da Educação do RJ


A questão da simplificação do currículo é importante. Também é preciso simplificar um pouco o ambiente escolar. O que se observa é que há um número excessivo de projetos e, às vezes, a escola deixa de ter tempo para cuidar daquilo que é essencial.

EDUARDO DESCHAMPS
Secretário estadual de Educação de SC


A escola, hoje, é um ambiente ritualizado. Temos determinadas práticas pedagógicas hegemônicas, que são uma verdadeira cultura, que são aquela prática de passar o conteúdo para os estudantes e exigi-lo de volta, numa prova. Na verdade, isso não é produção de conhecimento.

JOSÉ CLÓVIS AZEVEDO
Secretário estadual de Educação do RS


Vou mais além do ministro: a gente tem um aluno do século 21, um professor do século 20 e uma escola de século 19. A gente precisa trazer a escola e o professor para o século 21. A tecnologia, naturalmente, é um instrumento importante para prover esse professor com as condições necessárias para atrair o aluno.

MOZART NEVES RAMOS
Conselheiro do Todos pela Educação

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