A evolução mais significativa nos anos iniciais foi observada na rede estadual. O Ideb passou de 5,0 para 5,7. O secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, diz que melhoras assim são resultados de projetos de médio e longo prazo.

Ele cita a mudança para o ensino fundamental de nove anos, que começou em 2006, e que trabalha com a alfabetização um ano antes.

— O foco que tem sido dado é para aprendizado em detrimento à reprovação. Não segue mais a lógica de passar quem tira notas boas e reprovar quem tira notas ruins. Temos uma atenção mais individualizada para o aluno — afirma.

Com o sistema de nove anos, a secretaria adotou a aprovação por decreto, para as turmas atingidas pela mudança. Apesar de isso ter reduzido a reprovação na rede — o que é levado em conta no cálculo do Ideb — o secretário descarta grande influência no bom desempenho, porque junto à taxa de aprovação está vinculado o desempenho do estudante nas provas.

— Significa que os alunos que passam de ano são mais bem preparados, porque a proficiência deles também aumentou — explica.

Para seguir evoluindo no indicador, o secretário planeja algumas ações como as voltadas para alfabetização na idade certa, trabalhar com metas para alcançar, em 10 anos, Ideb da rede particular, que varia de 6 a 7 e trabalhar em conjunto com as redes municipais, para que também cheguem a esse patamar.