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 | 14/08/2012 17h55min

Santa Catarina avança na qualidade da educação básica

O Ideb, divulgado pelo MEC nesta terça-feira, mostra uma melhora principalmente no ensino fundamental

Júlia Antunes Lorenço  |  julia.antunes@diario.com.br

Santa Catarina melhorou a qualidade da educação básica entre 2009 e 2011, sendo o Estado com Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) mais alto de 6ª a 8ª série do ensino fundamental e no ensino médio. Os dados são referentes a 2011, divulgados nesta terça-feira, pelo Ministério da Educação (MEC), e também indicam uma melhora na média nacional, principalmente nos anos iniciais, de 1º ao 5º ano, do fundamental.



O Ideb, que varia de 0 a 10, é uma combinação entre taxa de aprovação e desempenho de estudantes em avaliações de português e matemática. Ele é medido a cada dois anos. O Estado passou de 4,7 para 4,9 nos anos finais do fundamental e de 4,1 para 4,3 no ensino médio.

Mas foi nos anos iniciais do fundamental que SC mais avançou. O índice de 5,8, o segundo mais alto do país, era de 5,2 em 2009, quando ficava em quinto. O índicador ainda superou a meta projetada pelo MEC para o Estado, de 5,2.

O coordenador do curso de pedagogia da Unisul, Jorge Alexandre Cardoso, diz que apesar da evolução, não é um resultado a ser comemorado. Ele faz uma analogia a um aluno que tirou 5,8 numa prova, mas poderia ter alcançado a nota 10. Mesmo 5,8 estando perto da meta 6 — estipulada para o Brasil alcançar até 2022 — o professor explica que é um objetivo de país em desenvolvimento e não de países desenvolvidos, que estão muito acima disso.

Sobre o fato de o Estado apresentar índice mais alto e avanço mais significativo nos anos iniciais do fundamental, Cardoso acredita que a maior dificuldade dos anos finais está no modelo multidisciplinar, com um professor para cada matéria. Isso aumenta a rotatividade dos docentes. Nos primeiros anos, os alunos têm um professor por turma, o que deixa o trabalho mais organizado.

Cardoso ainda observa que é preciso analisar os números a fundo. Uma escola que apresentou Ideb baixo pode ter muito a comemorar, porque avançou em relação ao ano anterior e está inserida num contexto social difícil. Já um colégio com Ideb alto pode não ter melhorado em relação ao ano anterior, ficando estagnada.

Como o resultado do Ideb é público e pode ser consultado por escola, ele aconselha os pais a observarem a nota do colégio dos filhos. Se o desempenho não foi bom, ele sugere que os responsáveis participem mais do contexto escolar, vá a reuniões, entenda a realidade do lugar, proponha e cobre mudanças.

O que Ideb?

— O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado a cada dois anos, foi criado em 2007 para medir a qualidade das escolas e das redes de ensino no Brasil. 
 
— Ele é calculado com a combinação de dois conceitos educacionais importantes: o fluxo escolar (a taxa de aprovação, reprovação e abano) e o desempenho de estudantes em avaliações que medem o conhecimento em português e matemática, considerados base para para as demais disciplinas do currículo escolar.

— As provas que avaliam os estudantes são a Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

— O Saeb avalia, por amostragem, alunos da 4 ª série (5º ano) e 8 ª série (9 º ano) do ensino fundamental e do 3 º ano do ensino médio, em matemática e português, de escolas públicas e particulares.

— A Prova Brasil é um exame nacional de português e matemática aplicado à 4 ª série ( 5 º ano) e à 8 ª série (9 º ano) de escolas públicas.

—  Em uma escala que vai de zero a 10, os resultados do Ideb ficam no site do Ministério da Educação ( http://ideb.inep.gov.br/), disponíveis para qualquer pessoa.

— A meta do Plano de Desenvolvimento da Educação é que o Ideb do Brasil seja 6 em 2022. Esta média é um padrão definido como aceitável para os membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o clube das 34 nações mais desenvolvidas.

Para que serve?  

— Com os resultados, o governo determina metas para a educação e planeja a distribuição de recursos. Além disso, diretores e professores ficam sabendo como está o trabalho e podem promover mudanças. Eles têm como ver o resultado da turma e analisar em que nível de aprendizado os estudantes se encaixam. Para cada nível, o MEC sugere o assunto que o aluno deveria dominar.

Como os pais devem acompanhar o Ideb?
— Pela internet os responsáveis podem olhar se o desempenho da escola do filho melhorou, estagnou ou piorou. Se o índice está baixo, é preciso questionar quais são medidas que a escola está tomando, para reverter o quadro.

DIÁRIO CATARINENSE

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