| 24/04/2012 11h26min
Uma assembleia, realizada na manhã desta segunda-feira, deflagrou oficialmente o início da greve dos professores da rede estadual de ensino em Joinville. Mas a Gerência Regional de Educação (Gered) garante que nenhum aluno ficará sem aula e os estudantes devem ir para a escola, normalmente, nesta terça-feira.
— Apenas 1,79% dos cerca de 2,4 mil professores de Joinville e região parou. E a gerência já se organizou para que nenhum aluno fique sem aula—, afirma a gerente regional de Educação, Heliete Steingräber.
Segundo ela, as escolas já se organizaram e aquelas turmas que ficarem sem professor vão participar de outras atividades. A gerente regional também disse que a Gered será rigorosa para exigir a reposição do conteúdo.
— Há uma cobrança forte dos pais e alunos neste sentido—, disse.
O sindicato da categoria garante que a adesão ao movimento é maior do que os números da Gered.
— Esse é o número de grevistas presentes na assembleia pela manhã, mas à tarde pelo menos outros professores aderiram à paralisação. E a nossa expectativa é de que o movimento aumente, porque a categoria está descontente com o governo, que não vem cumprindo suas promessas—, diz a diretora de finanças do Sinte, Valéria Nunes.
Na maioria das escolas, a greve foi pontual. Na Jorge Lacerda, por exemplo, apenas dois professores pararam as atividades na segunda-feira, o que praticamente não alterou a rotina do estabelecimento.
Acompanhe os números
Alguns pais fizeram questão de levar os alunos às escolas. A preocupação maior diz respeito ao possível comprometimento do ano letivo.
— Por enquanto, disseram que as aulas continuam, normalmente, mas já estou preocupada que ela venha a perder aula e tenha que repor o conteúdo depois—, dizia Lorena de Cássia Gonçalves Corrêa, mãe da pequena Camile Cristine Constantino, de oito anos.
— Espero que a greve termine logo e não afete as aulas.
Alunos
Para demonstrar apoio à greve dos professores, cerca de 50 alunos da Escola Estadual João Colin, no bairro Itaum, realizaram uma manifestação durante a tarde de segunda-feira.
— Ano passado, ficamos 60 dias sem aula, depois ficamos sem férias e tivemos que ter aulas aos sábados por causa da reposição, mas sabemos que o governo não cumpriu as promessas. Por isso, entendemos os motivos da greve e estamos do lado dos professores—, disse um representante do grêmio estudantil da escola.
Com faixas e cartazes nas mãos, eles reclamavam também da demora na entrega de passes de ônibus para aqueles alunos que moram a mais de três quilômetros da escola.
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Apenas 1,79% dos cerca de 2,4 mil professores de Joinville e região parou
Foto:
Salmo Duarte
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