O secretário da Educação de Santa Catarina, Eduardo Deschamps, se reuniu na tarde desta quarta-feira, em Florianópolis, com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte). Deschamps propôs aos profissionais de educação o cumprimento da lei do piso nacional para os professores que recebem abaixo de R$ 1.451 no salário base.

Com a proposta, estes professores passam a receber, a partir deste mês, os R$ 1.451 previstos no piso nacional. O piso, que era de R$ 1.187, teve reajuste de 22,22%. Nos meses de julho e setembro, eles receberão o salário referentes a janeiro e fevereiro, respectivamente.

O secretário propôs ainda uma nova reunião dia 4 de abril com o Sinte. A partir desta data, governo e sindicato terão 72 dias para concluir a negociação. O plano de carreira também será discutido.

As aulas da rede estadual em Santa Catarina devem ser suspensas nesta quinta, quando os professores estarão reunidos em assembleia, em Florianópolis, para decidir se entram em greve. Segundo a Secretaria de Educação, se houver paralisação, os dias parados serão considerados como falta.

A categoria pede o cumprimento imediato do aumento de 22,22%, retroativo a janeiro, quando o valor do piso foi reajustado pelo Ministério da Educação e deveria ter sido alterado em toda rede pública. Além disso, eles querem a descompactação da tabela salarial, que foi alterada e achatada no ano passado, para que o Estado concordasse em pagar o piso nacional.

Outra reivindicação é o cumprimento da questão da hora atividade – também definida na lei do piso. Ela determina que 33% das aulas dos professores sejam dedicadas a preparação de aulas, correção de trabalhos e provas.