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 | 23/02/2012 14h58min

Postos de saúde ficam sem médicos na tarde desta quinta-feira, em Florianópolis

Paralisação será feita para discutir o desconto ilegal que estaria sendo feito nos salários

Os médicos da prefeitura de Florianópolis suspenderão o atendimento nos mais de 50 postos nesta quinta-feira, dia 23, no período da tarde, horário em que estarão mobilizados em frente à prefeitura para apoiar os representantes da categoria que tentam suspender o desconto ilegal que supostamente ocorre na gratificação do Programa de Saúde da Família (PSF). 

— As unidades de saúde não estarão fechadas. Somente os médicos não realizarão o atendimento. Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) norte e sul o atendimento será normal — informa o diretor clínico da secretaria municipal de Saúde, Renato Figueiredo.

A reunião na prefeitura começa às 15h e será com os representantes do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (SIMESC) com o secretário de Governo Gean Loureiro, o secretário de Saúde, João José Cândido da Silva, o secretário de Administração Sandro Ricardo Fernandes e também a diretoria clínica da Saúde municipal.

Na pauta da reunião além da suspensão que está sendo realizado na gratificação do Programa de Saúde da Família (PSF), que segundo os médicos é ilegal, está o aumento de 15% na gratificação do PSF, pedido que já foi acatado pelo secretário de Saúde retroativo ao mês de janeiro.

— Desde maio do ano passado tentamos negociar com a secretaria municipal de Saúde a suspensão desse desconto que pode ser um dos responsáveis pela evasão de médicos do serviço municipal — afirma César Ferraresi, secretário Geral do SIMESC.
O que motivou o início do desconto ilegal ainda não foi identificado, mas a avaliação realizada pela assessoria Jurídica do SIMESC foi acatada pela assessoria Jurídica da Saúde municipal. 

— Suspender esse desconto depende de uma decisão administrativa da prefeitura. Os médicos estão ansiosos e antes de paralisação total das atividades, decidimos apoiar os representantes que irão participar dessa reunião interrompendo somente uma tarde de consultas — acrescenta Ferraresi.

De acordo com César Ferraresi, nos últimos sete meses a prefeitura realizou pelo menos seis processos seletivos e um concurso público para a contratação de médicos. Segundo levantamento realizado pelo sindicato, entre 2010 e 2011 quase 100 médicos deixaram a prefeitura, a maioria motivada por esta questão da remuneração.

Conforme o assessor jurídico do SIMESC, Ângelo Strzalkowski Kniss, a prefeitura reconheceu a ilegalidade da situação. 

— O médico da prefeitura hoje recebe a gratificação do PSF menos o salário, menos a insalubridade e menos os valores por tempo de serviço. O que era para ser somado é descontado! Sendo assim, o médico que tem hoje 20 anos de casa acaba recebendo menos do que um que acabou de ser efetivado. Só que com o passar do tempo, ao invés desse médico que recém entrou ganhar mais, ele vai ver seu salário reduzido sem justificativa — conclui o advogado.


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