| 09/02/2012 19h35min
Se no ano passado os pais e alunos da Escola Lauro Zimmermann, em Guaramirim, ficaram preocupados com a reposição de 67 dias de aulas perdidos por causa de duas interdições e a greve dos professores, neste ano há o risco do problema se repetir. Nesta terça-feira, a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) decidiu adiar o início das aulas, que começariam na terça-feira que vem, 14, para o dia 1º de março.
O diretor da instituição, Ronaldo Guerra, afirma que o motivo seria o atraso na reforma da escola, que não daria condições de atender os 880 estudantes matriculados. De acordo com ele, o maior problema está na reforma dos três banheiros e a demora na colocação do piso de cerâmica nas salas de aula.
O diretor afirma que o sanitário masculino ainda não foi interligado na fossa e, por isso, não pode ser usado. Numa sala de aula, o chão ainda é de taco e em outra o material foi retirado somente esta semana. Ele também questiona a qualidade do piso usado em duas salas de aula em que as placas de cerâmica soltaram.
— Faz 90 dias que esse piso foi colocado e já levantou. Como vão deixar a escola em boas condições para os alunos se não conseguiram terminar nada? — questionou.
Na manhã de desta quinta-feira, quando a reportagem visitou a escola, cinco homens trabalhavam na reforma, mas o diretor acredita que deveriam ter cerca de 15 funcionários para terminar tudo a tempo. A reforma da Lauro Zimmermann começou em agosto do ano passado e está orçada em R$ 1,4 milhão.
Entre as melhorias previstas está a troca do piso, reforma na parte elétrica e hidráulica, cobertura e instalação de banheiros na quadra de esporte, pintura, reforma dos dez banheiros e construção de um novo refeitório e cozinha.
Também está prevista a construção de uma área de 306 m² que terá quatro laboratórios, uma nova sala de aula, biblioteca e área de apoio pedagógico. Segundo Guerra, cerca de 400 alunos matriculados na Lauro Zimmermann estudarão na Almirante Tamandaré à noite até a reforma terminar, iniciativa que já foi adotada no ano passado.
Diferente do que ocorreu em 2011, nenhum estudante deve ser transferido para a Escola Alfredo Zimmermann, no Avaí, que recebeu 572 alunos por causa das más condições na Lauro Zimmermann.
A gerente regional de educação, Lorita Karsten, foi procurada cinco vezes na quarta-feira entre as 13h e 17h para falar sobre o problema envolvendo a Lauro Zimmermann, mas estava em reunião durante toda a tarde e não pode atender à reportagem.
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