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 | 06/06/2011 12h08min

Merendeiras de escola municipal levam filhos para o trabalho em Blumenau

Mesmo com a greve, elas foram obrigadas a trabalhar

Atualizada em 07/06/2011 às 07h45min

As merendeiras de uma escola municipal no Bairro Escola Agrícola, precisaram levar os filhos para o trabalho na manhã desta segunda-feira, mesmo que as aulas estejam paralisadas temporariamente. Segundo uma delas, que preferiu não se identificar por medo de represálias, a empresa terceirizada que responde pela merenda nas escolas municipais determinou que as mulheres fossem trabalhar, mesmo que tivessem de levar as crianças junto.

A representante alegou que, como as creches estão fechadas em função da greve dos servidores, os filhos não têm onde ficar. Um Centro de Educação Infantil (CEI), que fica no mesmo bairro, não aceitou que as merendeiras fossem trabalhar com os filhos. Por isso, para não perder o benefício pago pela empresa às trabalhadoras que comparecem todos os dias ao serviço, elas se reuniram com as colegas da escola municipal.

- Nós dissemos que viríamos para cá e ficaríamos paradas esperando o tempo passar, mas eles nos mandaram limpar a escola. Enquanto isso, nossos filhos ficam aqui no meio dos produtos de limpeza correndo riscos.

Como algumas crianças são de colo, as merendeiras precisaram carregá-las enquanto faziam os trabalhos. As trabalhadoras afirmaram que ficarão no local até o final da tarde, quando termina o horário de expediente.

A empresa Risotolândia, responsável pelo serviço, informou que as merendeiras que tiverem dificuldades de onde deixar os filhos durante o trabalho podem entrar em contato com o setor de Recursos Humanos para encontar uma alternativa diante desta situação.

Segundo Elisete Maria Furtado, diretora operacional da Risotolândia, as mulheres foram ordenadas a trabalhar para organizar os estoques e higienizar os ambientes, já que a empresa cumpre um contrato com a prefeitura.

- A partir desta terça-feira, caso a greve persista, nós daremos folga para elas, prevendo que futuramente as aulas serão recuperadas e elas terão que trabalhar - prometeu Elisete.

JORNAL DE SANTA CATARINA
Gilmar de Souza / Agencia RBS

Como algumas crianças são de colo, as merendeiras precisaram carregá-las enquanto faziam os trabalhos
Foto:  Gilmar de Souza  /  Agencia RBS


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