| 31/05/2011 12h05min
Os servidores públicos municipais, que estão há 23 dias em greve, começaram nesta terça-feira uma série de manifestação nos bairros, para esclarecer a população sobre os motivos da paralisação e encontraram apoio de membros da comunidade do Paranaguamirim.
Pessoas como Alda Szuta, de 62 anos, se uniram aos manifestantes para protestar, pela manhã, em frente à escola Ada Santana, na rua Monsenhor Gercino.
— Tenho pressão alta e diabetes e não tem médico no postinho aqui do Paranaguamirim desde que essa greve começou, mas apoio o movimento porque sei que eles têm razão de pedir aumento —, dizia a aposentada, que não estava sozinha.
Outros moradores, mesmo considerando-se prejudicados pela paralisação, que afeta serviços de saúde e educação no bairro, manifestaram apoio ao movimento. Até os alunos da escola, durante o intervalo da aula, demonstraram que estavam de acordo com os professores que aderiram à greve e estavam do lado de fora dos portões, tentando convencer outros funcionários da escola a deixar os postos de trabalho.
À tarde, os grevistas prometem lotar a Câmara de Vereadores para acompanhar a tradicional prestação de contas do quadrimestre da Prefeitura.
— Esta prestação de contas é protocolar, então, não temos muita esperança de que esse momento seja decisivo para por fim à greve, até porque a presença do Prefeito Carlito Merss não está confirmada, apenas técnicos da Prefeitura deverão apresentar os números da administração —, diz o presidente do sindicato da categoria, Ulrich Beathalter.
Quanto à resposta negativa da Justiça, com relação ao pedido de liminar feito pelo sindicato para impedir que a Prefeitura desconte dos grevistas os dias parados, Beathalter diz que esta resposta já era esperada. Mas diz que o sindicato vai recorrer contra a decisão.
— Vamos protocolar ainda hoje (terça-feira), em Florianópolis, um recurso junto ao Tribunal de Justiça —, afirma.
Quem também deve comparecer nesta tarde à Câmara de Vereadores são os professores da rede estadual em greve.
— A intenção é buscar o apoio de vereadores e deputados presentes para que eles pressionem o governo a pagar o piso da categoria aos professores, respeitando as diferentes faixas salariais para professores com magistério, graduação e pós-graduação —, explica o professor Valtecir Marion, da escola Jandira D'Ávila, onde apenas alguns alunos continuam tendo aula, devido à adesão de 88% dos funcionários.
Pela manhã, um grupo de grevistas distribuíram panfletos em um pedágio simbólico, na esquina da rua Tuiuti com a Emilio Landmann, no Aventureiro, e explicaram a moradores os motivos da paralisação.
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