O 19º dia da greve dos funcionários públicos municipais, 9º dia de paralisação para os professores da rede estadual, teve início com mais protestos em frente à Prefeitura de Joinville e passeata até o Centreventos Cau Hansen. Servidores e professores estaduais gritavam, a uma só voz, para exigir negociação com o Governo e a Prefeitura, que até agora não apresentaram propostas que pudessem por fim aos movimentos.

Segundo o chefe de gabinete da Prefeitura, Eduardo Dalbosco, o executivo mantém a proposta de reajuste de 8% a partir de janeiro, já negada pela categoria, e reforça que os dias parados não serão abonados.

— Tem funcionário do setor da saúde, por exemplo, que vai receber o contra-cheque zerado na semana que vem —, afirma.

— E aqueles que pararam também não vão receber a cesta básica —, acrescenta.

Medidas que já está sendo questionada pelo sindicato dos servidores na Justiça.

— Protocolamos no Fórum, na quarta-feira, um pedido de liminar para exigir o pagamento dos dias de greve, mas ainda não obtivemos resposta —, informa o presidente do sindicato, Ulrich Beathalter.

Quanto à possibilidade de negociação, a Prefeitura é categórica ao afirmar que não apresentará novas propostas e que não estão previstas reuniões com o sindicato.

— Foi o sindicato que encerrou as negociações ao deflagrar a greve —, justifica Dalbosco. Com isso, o impasse continua, assim como os prejuízos aos serviços oferecidos à população, em especial a saúde e educação.

O Ministério Público, inclusive, já se manifestou para exigir a manutenção de serviços essenciais, como os atendimentos de urgência e emergência no Hospital Municipal São José.

E a promotora Rosemary Machado da Silva deve divulgar ainda nesta sexta-feira novas recomendações para que Prefeitura e sindicato entrem em acordo para por fim à greve ou, pelo menos, minimizar os efeitos do movimento sobre a população.