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 | 17/05/2011 11h59min

Especial: Professores da rede estadual e governo buscam resolver impasse do piso nacional

Mesmo que haja proposta favorável à categoria em reunião nesta terça, greve prevista para amanhã está mantida

Representantes do sindicato dos professores (Sinte) e do governo do Estado se reúnem nesta terça, em Florianópolis, para falar sobre o piso nacional da categoria.

Na semana passada, em protesto para receber o salarío de R$ 1.187,00, cerca de 8 mil professores da rede estadual se reuniram no Centro da Capital.

Segundo o sindicato, a reunião desta terça é a primeira com o governo para discutir a aplicação do piso. O valor é reivindicado desde 2008, quando foi sancionado pelo governo Lula.

A coordenadora do Sinte, Alvete Bedin, disse que os professores esperam receber "uma boa proposta" na reunião. Mas informou que, mesmo que as expectativas sejam correspondidas, a greve prevista para esta quarta está mantida — em caso de proposta favorável, os valores serão levados para uma assembleia estadual e, posteriormente, a uma reunião do comando de greve.

O governo Colombo argumenta que é preciso aguardar a publicação do acórdão - texto que transcreve todos os votos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a decisão final - para tomar qualquer atitude.

Além disso, ainda não ficou claro para o governo se ao salário não pode ser somado ao Prêmio Educar e a regência de classe, como SC faz hoje, amparado por uma lei estadual.

Entenda o caso

Em 2008, foi sancionada a Lei Nacional do Piso que, em seguida, foi questionada pelos governos de SC, MS, PR, RS e CE.

No início de abril, por sete votos a dois,o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a Lei . Segundo a decisão, o valor de R$ 1.187 deve ser considerado como salário base, sem a soma de abono.

Para os professores, o governo não está cumprindo a lei nacional do magistério, considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em abril, quando derrubou a ação direta de inconstitucionalidade (Adin) assinada por SC.

Felipe Carneiro / 

Após protesto na última quarta-feira, professores se reúnem com governo Colombo
Foto:  Felipe Carneiro


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