O governador do Estado afirmou que deve se reunir com os professores da rede estadual na próxima terça-feira. O anúncio foi feito durante cerimônia nesta sexta, no centro administrativo, para autorizar a licitação para a construção de 15 novas unidades educacionais, entre escolas e Cedups, e a reforma no IEE.

Os docentes encaminharam um pedido de audiência com Raimundo Colombo nesta quinta-feira, para cobrar uma nova proposta em relação ao piso nacional da categoria.

Na última quarta, milhares de professores reuniram-se no CentroSul e deflagraram greve a partir do dia 18 de maio. Após a assembleia, os profissionais fizeram uma passeata pelas ruas de Florianópolis.

De acordo com a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), Alvete Bedin, a categoria ficará em greve até que recebam uma nova proposta.

Para os professores, o governo não está cumprindo a lei nacional do magistério, considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em abril, quando derrubou a ação direta de inconstitucionalidade (Adin) assinada por SC.

Mesmo com a informação oficial repassada pela assessoria do Supremo Tribunal Federal (STF), de que, por oito votos a um, o piso independe de gratificações, o secretário de Educação, Marco Tebaldi, argumentou, mais uma vez, que é preciso aguardar a publicação do acórdão — texto que transcreve todos os votos dos ministros do STF e a decisão final — para tomar qualquer atitude.

— É bem provável que o texto diga que o pagamento do piso tenha que ser retroativo, ou seja, não haverá prejuízo para ninguém — justificou.

Além disso, ainda não ficou claro para o governo se ao salário não pode ser somado o Prêmio Educar e a regência de classe, como SC faz hoje, amparado por uma lei estadual.

— Se não puder, o governo não vai mais fazer — garantiu.

Confira o vídeo da manifestação: